Ola pessoal - tudo bem ? Conforme eu prometi, segue a segunda parte do compilado que estou fazendo sobre minha trajetória pessoal. Se nao leu a primeira parte, pode ler clicando aqui.
Na primeira parte tem o resumo da minha trajetória como estagiário até profissional pleno. Porém quando estava nessa fase eu fiquei um pouco decepcionado por uma promoção que nunca chegava e quando chegou veio bem abaixo do que outros colegas promovidos receberam como aumento. Comecei a mandar CV para varias empresas mas nao surgia nenhuma entrevista interessante, até que um amigo mudou de empresa e indicou meu nome para trabalhar por lá.
Profissional Senior (26 - 28 anos) - R$ 4.600,00 / mês: eu fui bastante animado para entrevista, cheguei mais cedo e fiquei aguardando. No caminho, o meu famoso Scort aqueceu o motor e tive de parar tres vezes para dar um tempo e esperar esfriar - a ventoinha tinha quebrado. Cheguei cedo, mas um pouco suado e com mão suja de mexer no capo do carro. Fui ao posto de gasolina proximo do local e pedi para usar o banheiro para lavar as mãos e ficar mais apresentável. Chegando na entrevista, o meu futuro chefe (e naquele momento entrevistador) me fez esperar uma hora e vinte minutos na recepção. Ate achei que era algum teste para ver minha postura em situações como essa, mas vi que não era teste nenhum. Era só falta de respeito com as pessoas. Isso já deveria ter ligado um alerta na minha cabeça, mas como precisava do emprego e queria mudar de empresa, eu nao falei nada e mantive a postura. A entrevista em si durou uns dez minutos, sendo que parte das perguntas foram sobre o time que torcia e sobre bons restaurantes no bairro onde morava, ou seja, nao tinha nada relacionado ao trabalho ou a minha experiencia e formação. O processo ja estava com cartas marcadas (a meu favor, felizmente). Esse gestor nao suportava ficar entrevistando pessoas, então ele acreditava 100% na indicação dos funcionários e como eu fui indicado pelo meu amigo - eu ja estava lá dentro, mas ainda nao sabia.
Mas como nem tudo sao flores, demorou umas duas semanas e o RH da empresa me ligou oferecendo um salário menor do que havia combinado na entrevista. Eu disse que havia combinado outro valor, eles falaram que nao podiam pagar e que o gestor nao tinha autonomia para definir a remuneração - que isso era responsabilidade do RH. Fiquei em uma encruzilhada, mas como estava procurando outro emprego exatamente porque nao me sentia reconhecido em termos salariais, eu agi um pouco pela emoção e respondi que o gestor nao tinha autonomia para definir a remuneração, mas eu tinha autonomia para decidir por qual salário eu trabalhava e o valor minimo seria o que eu havia negociado. Percebi na hora que a pessoa do RH nao gostou da minha resposta, mas eles ficaram de retornar e passou mais duas semanas - pensei que tinha perdido a vaga e me arrependi de ter dado uma resposta mais agressiva. Eu percebi que ficar onde eu estava era pior do que aceitar ir com um salário menor do que o prometido (mas ainda maior do que eu ganhava). Na verdade, o que me incomodava era o fato de a empresa que eu trabalhava nao ter me valorizado na promoção como havia feito com outros colegas que eu julgava serem piores ou menos comprometidos do que eu ... De qualquer forma, apos duas semanas a empresa ligou e disse que aceitava pagar o salário que eu havia pedido. Na mesma semana me desliguei do antigo emprego, peguei meu saldo do FGTS e quitei meu apartamento. Agora tinha um Scort e uma residencia; mas nao tinha um real de reserva financeira. acabei "raspando" todo o saldo da poupança, do FGTS e tudo o mais que podia vender para ir lá e me livrar da prestação do financiamento imobiliário.
Aprendi muito com essa decisão, pois apos uns dois meses que estava no novo emprego - veio uma crise muito forte no setor e também uma crise na matriz que fica em outro país. Começaram os boatos de corte e redução de custo e eu fiquei com bastante receio de ser demitido porque sem reservas, eu ficaria com saldo negativo na conta em menos de um mes. Seria terrivel perder o emprego e nao ter como pagar as contas do mes, porque eu nao tinha reserva alguma - eu deveria ter mantido um minimo de reserva e ir amortizando o financiamento dentro de um prazo um pouco maior.
Para ajudar, nessa mesma epoca eu cometi um erro no meu trabalho. Errei em um determinado projeto e meu chefe quis aproveitar isso como justificativa para me demitir. Me chamou na sala e disse que eu nao havia atingido as expectativas em termos de qualidade do trabalho, que ele achava que eu era um profissional mais competente e eu havia cometido erro e que ele nao confiava mais em mim e por esses motivos iria me dispensar. Voltei para a mesa meio atordoado e comentei com a Sra EP sobre a situação. Para minha surpresa ela ficou tranquila e disse que a gente dava um jeito - se realmente eu fosse demitido, ela me incentivaria a trabalhar de garçom e pintor para manter a mente ocupada e ganhar algum dinheiro, enquanto ela tentaria arrumar um outro emprego para ela onde ganhasse mais, ja que no emprego atual ela ganhava bem pouco.
Fiquei um pouco mais tranquilo e fui embora para casa. Quando voltei no dia seguinte, um outro gerente me chamou na sala e perguntou se eu queria ser transferido para equipe dele. Ele tinha uma vaga e achava que eu poderia fazer a atividade e com isso evitaria que eu fosse demitido pelo outro gerente. Claro que eu aceitei na hora - melhor algum emprego do que nenhum, ainda mais no meu caso que nao tinha dinheiro para chegar ao final do mes.
Quando esse novo gerente foi solicitar a minha transferencia, o meu chefe nao permitiu e disse que iria manter a minha demissão. Por sorte, esse novo gerente nao gostava do meu chefe e decidiu comprar a briga e foi falar com o Diretor da area até que conseguiu me transferir e eu escapei de ser demitido. Claro que eu fiquei com uma divida de gratidão com esse gerente e trabalhei da melhor forma que eu poderia. Passava o tempo todo pensando em formas de melhorar o fluxo, processar informações mais rapido e reduzir custos. Ao final de um ano eu acabei promovido e ganhei um premio de reconhecimento.
Coordenador (28 - 30 anos) - R$ 7.800,00 / mês: com a minha promoção eu comecei a ter acesso a reuniões com os gerentes e diretores. Logo reparei que o fator politico era muito forte na empresa. Comecei a tentar cavar oportunidades para mostrar meu trabalho, sempre apoiado no bom resultado do ano anterior que tinha me garantido a promoção. Nessa época eu trabalhava de 13 a 14 horas por dia, respondia email no final de semana, nao faltava aos happy hours e tentava criar relacionamentos sempre que tinha oportunidade. O tempo foi passando e eu fui ficando cada vez mais descontente porque esse perfil politico é dificil para mim.
Normalmente eu sou aquele cara mais chato, mais conservador, as vezes eu olho para a pessoa que eu ainda nem conheço e ja nao vou com a cara dela, as vezes a pessoa fala alguma coisa e eu ja nao gosto, nao gosto de confraternização, nao gosto de roupas caras, relogios, etc... Estava praticamente me passando por outra pessoa para poder cultivar os relacionamentos e estar no meio do pessoal que sabia que conseguia as melhores oportunidades.
Ao final estava me sentindo infeliz e sem motivação nenhuma - e por esse motivo comecei a me consultar com uma psicologa. Foi uma experiencia muito interessante porque a gente teve uma empatia logo de inicio e eu me abri bastante com ela. Nas consultas comecei a perceber que havia muito mais na vida do que ser promovido e ter bom salário. E percebi também que eu estava buscando somente um titulo, status ... e coisas importantes, como a minha saude e momentos de lazer, estavam ficando em segundo plano.
Nessa mesma época apareceu um projeto grande na empresa que significava passar um tempo significativo na Coreia do Sul. Alem do aprendizado, a experiencia foi boa porque me trouxe uma boa bagagem internacional (que sempre ajuda nas experiencias no CV), me ajudou a melhorar o Ingles (tinha de me comunicar 24 horas em Ingles) e, principalmente, me ajudou a entender que existem formas diferentes de se viver.
Tomei um susto quando cheguei na Coreia, mas usei o tempo para aprimorar meus contatos e principalmente, melhorar o Ingles. Participei de reuniões, visitei fornecedores, clientes, fabricas, etc... Com uma visao muito mais ampla do negocio, foi mais facil fazer um bom trabalho por lá - mas também me lembro do quanto os coreanos trabalham - ficar 14 ou 15 horas no escritório é absolutamente normal. Então, eu comecei a dar um pouco mais de valor em ferias de 30 dias, FGTS, decimo terceiro, etc... Sao coisas que nao vemos em alguns outros paises e percebi como seria dificil trabalhar em um esquema assim por muito tempo.
Tomei um susto quando cheguei na Coreia, mas usei o tempo para aprimorar meus contatos e principalmente, melhorar o Ingles. Participei de reuniões, visitei fornecedores, clientes, fabricas, etc... Com uma visao muito mais ampla do negocio, foi mais facil fazer um bom trabalho por lá - mas também me lembro do quanto os coreanos trabalham - ficar 14 ou 15 horas no escritório é absolutamente normal. Então, eu comecei a dar um pouco mais de valor em ferias de 30 dias, FGTS, decimo terceiro, etc... Sao coisas que nao vemos em alguns outros paises e percebi como seria dificil trabalhar em um esquema assim por muito tempo.
Como eu fiz um bom trabalho por lá, eu voltei ao Brasil com certa cotação em alta para ser promovido a gerente. Havia um outro colega de outro setor também disputando essa vaga - e percebi que no dia a dia, ele tentava ao maximo colocar questionamentos no meu trabalho. Se estavamos na mesma reunião e eu apresentava algo ele era sempre o primeiro a questionar e colocar alguma fase do projeto em duvida. Percebi que nao adiantava também adotar 100% dos conselhos da psicologa e deixar tudo para lá, porque eu precisava pagar minhas contas e infelizmente nao existem só pessoas boas no mundo. Então, novamente, comecei a ficar atento nas oportunidades para ir solidificando meu nome na organização e criando uma certa marca de qualidade relacionada ao meu nome. Comecei a pegar os projetos mais dificeis e a cada resultado obtido eu fazia uma grande divulgação. Nao perdia oportunidade de mostrar o que estava sendo feito, mas novamente comecei a perder em qualidade de vida e ficar ate muito mais tarde no trabalho.
Nesse periodo, veio um novo diretor para a area. Era um profissional expatriado americano, que ja havia morado também na Alemanha, Coreia do Sul e Australia; e agora estava chegando ao Brasil. Logo na chegada dele, os gerentes organizaram um almoço com todo o time e foi uma disputa para ver quem sentava proximo ao novo diretor, quem conseguia puxar um assunto com ele, quem recomendava as comidas tipicas brasileiras, etc... Eu dei uma pisada na bola e cheguei atrasado ao almoço (nunca façam isso) e fiquei lá no final da mesa e ainda ele poderia pensar que sou um cara nao comprometido com horarios. Quando terminou o almoço, esse diretor chegou no meu gerente e perguntou se alguem poderia mostrar a cidade para ele no final de semana - e esse é o tipico programa que ninguem quer fazer. ninguem gostava de ficar visitando a cidade com os "gringos", então o gerente me chamou e me escalou para fazer esse trabalho. Como eu ja tinha chegado atrasado ao almoço, eu nao tive coragem de recusar e aceitei ficar de guia turistico do novo chefe "gringo".
Quando chegou na sexta feira, esse novo chefe me ligou para marcar o horario que poderiamos nos encontrar no sabado e também passar o endereço do hotel que ele estava. Eu confirmei com ele no periodo da manha e ele perguntou se eu era casado. Eu confirmei e ele perguntou se eu poderia levar minha esposa porque a esposa dele também havia chegado e ela nao conhecia ninguem no pais. Acabou que tive de arrastar a Sra EP também para o passeio - ela nao gostou da novidade, mas cancelou os compromissos que tinha e lá fomos nos fazer o papel de guia turistico.
Entretanto, quando as duas esposas se encontraram, por algum motivo que nao sei explicar, elas criaram rapidamente uma amizade. Tinham gostos e interesses parecidos e logo se tornaram amigas de frequentar a casa uma da outra para jantares e conversas. Logico que isso acabou também aproximado eu e o Diretor da area. Começamos a marcar passeios e jantares, me convidou para passar o Thanksgiving na casa dele, eu convidei para viajar nas ferias de final de ano e fomos ficando realmente muito próximos e isso influenciou também na empresa. Logo ele começou a me passar projetos mais importantes e com o resultado que foi entregue ele criou uma nova area e me promoveu.
Foi nesse momento que entendi o poder do networking. Por causa da amizade que se criou, eu tive acesso a projetos e oportunidades que normalmente seriam passadas aos profissionais com mais tempo de casa. Mas, obviamente, o Diretor buscou me favorecer e criou uma area especifica para eu gerenciar - com objetivos mais estrategicos, o que me levou a ter acesso a nivel ainda mais alto na empresa. Com certeza se eu nao tivesse levado ele para passear e se as esposas nao tivessem ficado amigos, muitas portas nao teriam sido abertas e minha promoção ia levar muito mais tempo.
Gerente (30 - 33 anos) - R$ 12.000,00 / mês: com a promoção para nova area, eu comecei a ter acesso a mais beneficios, além do salário maior. E ganhei também uma equipe com seis pessoas - tinha tres caras e tres garotas na equipe. O time ja era mais experiente e no primeiro dia na nova função, havia somente 05 pessoas lá. Estava faltando uma das funcionárias e eu descobri que na verdade ela estava em licença maternidade. Peguei o telefone e liguei para ela desejando felicidades para ela e o bebe, perguntei se estava tudo bem e deixei ela tranquila que quando voltasse o trabalho dela estaria lá e estavamos pensando em fazer coisas diferentes na area e ele seria parte do processo.
O meu time era muito bom - realmente nao tenho nada a reclamar, tanto que tenho duas pessoas que ainda hoje trabalham comigo. Os resultados foram aparecendo, meu chefe era um cara muito bom (talvez o melhor com quem já trabalhei), tinha uma proximidade grande com o Diretor (que havia se tornado meu amigo). Dessa forma, foram os dois primeiros anos, com o time atingindo bons resultados e a area sendo elogiada. Toda desconfiança por eu ter sido promovido por ser amigo do Diretor aparentemente desapareceu com os resultados que o time conseguiu - mas obvio que muita gente nao gostava, pois entendia que aquilo nao havia sido justo (e nao havia mesmo).
Após dois anos, uma das funcionárias voltou da licença nao remunerada que a empresa concedia para projetos pessoais (ela utilizou a licença para ficar com o filho por mais tempo) - era uma profissional competente e tinha muito conhecimento da area. Com umas duas semanas de trabalho, ela ja me chamou para tomar um café e me perguntou quando ela seria promovida. Eu rapidamente disse que nao havia nenhuma promoção a vista e que primeiro ela teria de retomar as atividades e mostrar resultados como o resto do time nesse periodo que ela ficou fora. Ela argumentou que nao era justo porque antes de sair de licença ela era considerada profissional de alto desempenho e proxima de uma promoção. Ela nao havia entendido que por mais injusto que pareça, quando voce fica dois anos fora da empresa, as coisas nao estao como voce deixou. A empresa continua, as pessoas sao demitidas e contratadas, as promoções acontecem, etc... Ela imaginava que só tinha dado uma pausa na carreira e iria continuar de onde havia parado - infelizmente isso nao acontece em lugar nenhum.
Logo essa pessoa ficou descontente e começou a causar problemas na equipe. Começou a criar fofocas no cafe, reclamava de todas as atividades e nunca entregava as coisas no prazo. Tive de chamar para conversar e a reação dela nao foi boa. Decidi dar um tempo para ver se as coisas se acalmavam, mas infelizmente as coisas só pioraram. A pessoa continuou tentando fazer intrigas, tentando cavar transferencia para outra area e para completar, ainda passou a deixar o trabalho de lado e nao entregar os resultados. Nao tive muita saida e levei o caso para meu chefe. Conversamos muito e chegamos a conclusao que iriamos tentar transferir ela caso alguma area estivesse precisando, mas ninguem quis aceitar. Nao teve muito jeito e tivemos de demitir a pessoa. Foi minha primeira experiencia demitindo alguem e eu fiquei muito mal com isso. Acho esse processo sempre traumatico - tenho colegas que nao se preocupam com as pessoas, mas alguem ter sua renda reduzida a zero do dia para noite é muito ruim. Tentei aprender com a experiencia e vida que segue.
Passado mais um ano, meu Diretor foi promovido a vice-presidente - ai as coisas ficaram ainda melhores para mim do ponto de vista profissional. Ele me convidou para fazer o planejamento estrategico da area e uma potencial transferencia para outro pais. Eu fiquei tomo motivado e comecei a novamente ficar ate mais tarde e trabalhar de final de semana para conseguir a transferencia. Recebi alguns aumentos de salário no período e continuei a entregar resultados acima da media, principalmente atraido pela possibilidade de transferencia.
Sabe aquela história da cenoura na frente do burro ? Pois é, a transferencia para outro pais foi a cenourinha que eu persegui. Como eu disse eu estava correndo atras dos resultados, ficando ate mais tarde, trabalhando de final de semana e praticamente nao tinha mais vida fora da empresa. Minha saude piorou, eu ganhei peso e fiquei estressado.
Nessa mesma epoca, esse vice-presidente me chamou e disse que tinha um projeto em outro Estado e que confiava que eu poderia liderar e que seria uma boa exposição e ajudaria na minha transferencia. Como eu estava querendo muito a transferencia, eu topei mudar para outro Estado. Fiquei um ano e meio morando distante da familia e foi um periodo emocionalmente ruim para mim. Entretanto, realmente o projeto me deu muita visibilidade e aumentou o meu networking com os executivos da empresa. Quando eu retornei para minha cidade após a conclusão do projeto, eu fui promovido novamente.
Gerente Senior (33 - atual) - R$ 13.600,00 / mês: com a promoção, eu comecei a ser responsavel por operações na America do Sul (referente a minha area e nao pela operação da empresa toda - nao sou o CEO) e fiquei esperançoso pois seria somente questão de tempo para conseguir a transferencia e experiencia internacional que eu tanto buscava.
Nesse meio tempo, eu comecei a ter diversos projetos e reuniões com muitos paises na Asia e Europa - muitas viagens, reuniões, almoços e jantares de negocio, etc... Tudo caminhando muito bem, quando de repente veio um "cisne negro" nos meus planos.
O Vice - Presidente que era meu padrinho politico teve um serio desentendimento com o Vice - Presidente Financeiro, e este ultimo, pediu a cabeça do meu chefe. Como o Vice - Presidente do Financeiro tinha um poder maior do que o Vice - Presidente da minha area, acabou que o Presidente decidiu demitir meu chefe. Ai foi aquela correria no departamento, meu chefe começou a se desligar de todas as atividades e recorrer aos conhecidos dele nos USA. Era dificil encontrar ele na empresa e quando estava na empresa nunca conseguiamos marcar reunião ou conversar com ele - claro que todas essas informações nós ficamos sabendo depois. Na época nao se mencionava que ele poderia ser mandado embora e eu ainda estava sonhando inocentemente com minha transferencia.
Então, um belo dia, esse meu chefe me chamou e disse: "EP - é o seguinte: eu te agradeço muito pelo que voce tem feito, aceitou morar em outro lugar, fez um otimo trabalho, inclusive final de semana e durante feriados; mas eu tenho uma má noticia. Estou com a minha cabeça em risco e preciso proteger meu emprego. Dessa forma, eu consegui uma transferencia para os USA, vou voltar para casa e outra pessoa vem para o meu lugar".
Nesse momento, eu pensei que ele ia fazer uma proposta para eu ir com ele devido todas as conversas e promessas de transferencia, mas ele apenas falou que ele tinha falado muito bem de mim para a pessoa que estava vindo para o lugar dele, me desejou boa sorte e lá se foi para os USA. Eu fiquei muito bravo, porque vi que tinha realmente feito o papel de burro correndo atras das cenourinhas e que todo esforço com o objetivo da transferencia tinha sido em vão. Depois que a raiva passou, eu pude ver que na verdade agora eu tinha um CV mais atrativo devido as experiencias que eu tive, os projetos que gerenciei e que em ultima analise, eu havia sido promovido e aumentado bastante meu salário.
Decidi que iria aguardar o novo chefe e ver como as coisas poderiam se ajeitar. O novo chefe chegou e as atividades continuaram na mesma base, até que após 5 meses com o novo chefe, ele anunciou que iria trazer um colega indiano. Quando ele anunciou as atribuições e atividades do indiano, eu percebi que eram muito parecidas com o que eu fazia - na hora eu vi que ele estava trazendo alguém para o meu lugar. Pensei que precisava me mexer rapidamente e liguei para meu antigo chefe para cobrar aquela transferencia, afinal de contas ele ja estava de volta a terra dele com contatos fortes e poderia me transferir para lá. Quando falei com ele eu percebi como as coisas de fato funcionam - eu nao era mais util para ele pois nao estava mais gerenciando projetos da area dele, então ele desconversou um pouco e quando cobrei a transferencia que ele havia prometido nos ultimos anos, ele falou que infelizmente nao seria possivel, mas que se eu conseguisse o visto para trabalhar nos USA ou Green Card - eu poderia bater na porta dele que ele me contratava. Mais uma vez eu me contive para nao mandar a pessoa para um lugar nao muito agradavel e me senti feito de idiota.
Imediatamente comecei a encaminhar meu CV para as oportunidades que achava interessante, mas nenhuma entrevista aparecia. Nesse meio tempo, meu chefe começou a me tirar de reuniões que eu participava e incluiu o colega indiano, depois foi me tirando de projetos que eu gerenciava e aos poucos foi me isolando na empresa. No inicio, eu ia nas reuniões mesmo nao tendo sido convocado, mas nao é uma situação que voce consegue sustentar por muito tempo. Passou um tempo e eu percebi que chegava no escritório e nao tinha nada o que fazer o dia todo - ele havia me isolado completamente. Comecei a tentar esclarecer com os colegas que eu mantenho ate hoje e um deles me ensinou uma coisa importante: ele disse que o sistema na empresa era igual o sistema politico. Eu havia encontrado um padrinho politico e ele havia me nomeado para diversos cargos e projetos; mas agora uma nova eleição tinha ocorrido e outro partido estava no poder; então seria questão de tempo para eu ser mandado embora, já que minha imagem estava muito colada a imagem do chefe anterior.
Compreendi a analogia (que eu considero perfeita) e comecei a acelerar mais ainda minha busca por outra empresa. Após algum tempo (acho que uns 4 meses) fui chamado para entrevista na empresa onde estou atualmente. Foi um processo rapido, onde a empresa estava precisando de alguem com minha experiencia pois haviam crescido bastante no mercado e precisavam arrumar a casa para garantir a entrega dos projetos / produtos para os clientes.
Como eu também estava buscando outro desafio e uma maior qualidade de vida (nada de ficar trabalhando de final de semana, etc...), nao foi dificil negociar alguns beneficios e logo eu aceitei a oferta e mudei de emprego. Novamente, fui muito feliz me desligar do emprego anterior, meu chefe nao fez muita questão de me segurar e percebi que meu ciclo definitivamente estava encerrado por lá e um novo ciclo estava se iniciando.
Cheguei aqui com um time muito imaturo, mas logo algumas pessoas foram mudando e hoje o time é bem coeso e competente. Essa competencia e resultado do time nos ultimos tres anos (além da puxada de tapete do meu chefe na empresa atual que ficou com uma vaga que seria minha nos USA), acabou despertando uma indicação desse mesmo chefe que me puxou o tapete para ser responsavel por uma area nos USA e iniciou o meu potencial projeto de transferencia que venho dividindo com voces. Na verdade, o escopo da transferencia se alterou um pouco e nao seria responsavel pela area somente nos USA mas sim na região Americas - o que me tornaria um funcionário corporativo. Isso representa um salto grande na hierarquia da empresa e uma oportunidade bacana para minha carreira e também para minha familia, pois seria uma transferencia para pais desenvolvido em região com uma maior qualidade de vida do que temos por aqui.
Esse é um resumo de como cheguei onde estou - claro que muito mais coisas ocorreram, mas aos poucos vou me recordando de situações que eu achar relevante e divido a experiencia com voces. Nao falei muita das experiencias da empresa atual porque ainda sao recentes e tenho de aprender com elas - além disso, como sao coisas recentes pretendo ainda manter o sigilo ate por se tratar de projetos de grande impacto e repercussao no mercado. Também nao atualizei salário e promoções na empresa atual para tentar manter um minimo de privacidade e sigilo.
Ate para nao me esquecer - fica o compromisso de na proxima postagem falar do resultado da transferencia e tentar abrir mais informações sobre esse processo, negociação, etc... até eu estou ansioso com o resultado da potencial transferencia para os USA.
Um grande abraço,
O meu time era muito bom - realmente nao tenho nada a reclamar, tanto que tenho duas pessoas que ainda hoje trabalham comigo. Os resultados foram aparecendo, meu chefe era um cara muito bom (talvez o melhor com quem já trabalhei), tinha uma proximidade grande com o Diretor (que havia se tornado meu amigo). Dessa forma, foram os dois primeiros anos, com o time atingindo bons resultados e a area sendo elogiada. Toda desconfiança por eu ter sido promovido por ser amigo do Diretor aparentemente desapareceu com os resultados que o time conseguiu - mas obvio que muita gente nao gostava, pois entendia que aquilo nao havia sido justo (e nao havia mesmo).
Após dois anos, uma das funcionárias voltou da licença nao remunerada que a empresa concedia para projetos pessoais (ela utilizou a licença para ficar com o filho por mais tempo) - era uma profissional competente e tinha muito conhecimento da area. Com umas duas semanas de trabalho, ela ja me chamou para tomar um café e me perguntou quando ela seria promovida. Eu rapidamente disse que nao havia nenhuma promoção a vista e que primeiro ela teria de retomar as atividades e mostrar resultados como o resto do time nesse periodo que ela ficou fora. Ela argumentou que nao era justo porque antes de sair de licença ela era considerada profissional de alto desempenho e proxima de uma promoção. Ela nao havia entendido que por mais injusto que pareça, quando voce fica dois anos fora da empresa, as coisas nao estao como voce deixou. A empresa continua, as pessoas sao demitidas e contratadas, as promoções acontecem, etc... Ela imaginava que só tinha dado uma pausa na carreira e iria continuar de onde havia parado - infelizmente isso nao acontece em lugar nenhum.
Logo essa pessoa ficou descontente e começou a causar problemas na equipe. Começou a criar fofocas no cafe, reclamava de todas as atividades e nunca entregava as coisas no prazo. Tive de chamar para conversar e a reação dela nao foi boa. Decidi dar um tempo para ver se as coisas se acalmavam, mas infelizmente as coisas só pioraram. A pessoa continuou tentando fazer intrigas, tentando cavar transferencia para outra area e para completar, ainda passou a deixar o trabalho de lado e nao entregar os resultados. Nao tive muita saida e levei o caso para meu chefe. Conversamos muito e chegamos a conclusao que iriamos tentar transferir ela caso alguma area estivesse precisando, mas ninguem quis aceitar. Nao teve muito jeito e tivemos de demitir a pessoa. Foi minha primeira experiencia demitindo alguem e eu fiquei muito mal com isso. Acho esse processo sempre traumatico - tenho colegas que nao se preocupam com as pessoas, mas alguem ter sua renda reduzida a zero do dia para noite é muito ruim. Tentei aprender com a experiencia e vida que segue.
Passado mais um ano, meu Diretor foi promovido a vice-presidente - ai as coisas ficaram ainda melhores para mim do ponto de vista profissional. Ele me convidou para fazer o planejamento estrategico da area e uma potencial transferencia para outro pais. Eu fiquei tomo motivado e comecei a novamente ficar ate mais tarde e trabalhar de final de semana para conseguir a transferencia. Recebi alguns aumentos de salário no período e continuei a entregar resultados acima da media, principalmente atraido pela possibilidade de transferencia.
Sabe aquela história da cenoura na frente do burro ? Pois é, a transferencia para outro pais foi a cenourinha que eu persegui. Como eu disse eu estava correndo atras dos resultados, ficando ate mais tarde, trabalhando de final de semana e praticamente nao tinha mais vida fora da empresa. Minha saude piorou, eu ganhei peso e fiquei estressado.
Nessa mesma epoca, esse vice-presidente me chamou e disse que tinha um projeto em outro Estado e que confiava que eu poderia liderar e que seria uma boa exposição e ajudaria na minha transferencia. Como eu estava querendo muito a transferencia, eu topei mudar para outro Estado. Fiquei um ano e meio morando distante da familia e foi um periodo emocionalmente ruim para mim. Entretanto, realmente o projeto me deu muita visibilidade e aumentou o meu networking com os executivos da empresa. Quando eu retornei para minha cidade após a conclusão do projeto, eu fui promovido novamente.
Gerente Senior (33 - atual) - R$ 13.600,00 / mês: com a promoção, eu comecei a ser responsavel por operações na America do Sul (referente a minha area e nao pela operação da empresa toda - nao sou o CEO) e fiquei esperançoso pois seria somente questão de tempo para conseguir a transferencia e experiencia internacional que eu tanto buscava.
Nesse meio tempo, eu comecei a ter diversos projetos e reuniões com muitos paises na Asia e Europa - muitas viagens, reuniões, almoços e jantares de negocio, etc... Tudo caminhando muito bem, quando de repente veio um "cisne negro" nos meus planos.
O Vice - Presidente que era meu padrinho politico teve um serio desentendimento com o Vice - Presidente Financeiro, e este ultimo, pediu a cabeça do meu chefe. Como o Vice - Presidente do Financeiro tinha um poder maior do que o Vice - Presidente da minha area, acabou que o Presidente decidiu demitir meu chefe. Ai foi aquela correria no departamento, meu chefe começou a se desligar de todas as atividades e recorrer aos conhecidos dele nos USA. Era dificil encontrar ele na empresa e quando estava na empresa nunca conseguiamos marcar reunião ou conversar com ele - claro que todas essas informações nós ficamos sabendo depois. Na época nao se mencionava que ele poderia ser mandado embora e eu ainda estava sonhando inocentemente com minha transferencia.
Então, um belo dia, esse meu chefe me chamou e disse: "EP - é o seguinte: eu te agradeço muito pelo que voce tem feito, aceitou morar em outro lugar, fez um otimo trabalho, inclusive final de semana e durante feriados; mas eu tenho uma má noticia. Estou com a minha cabeça em risco e preciso proteger meu emprego. Dessa forma, eu consegui uma transferencia para os USA, vou voltar para casa e outra pessoa vem para o meu lugar".
Nesse momento, eu pensei que ele ia fazer uma proposta para eu ir com ele devido todas as conversas e promessas de transferencia, mas ele apenas falou que ele tinha falado muito bem de mim para a pessoa que estava vindo para o lugar dele, me desejou boa sorte e lá se foi para os USA. Eu fiquei muito bravo, porque vi que tinha realmente feito o papel de burro correndo atras das cenourinhas e que todo esforço com o objetivo da transferencia tinha sido em vão. Depois que a raiva passou, eu pude ver que na verdade agora eu tinha um CV mais atrativo devido as experiencias que eu tive, os projetos que gerenciei e que em ultima analise, eu havia sido promovido e aumentado bastante meu salário.
Decidi que iria aguardar o novo chefe e ver como as coisas poderiam se ajeitar. O novo chefe chegou e as atividades continuaram na mesma base, até que após 5 meses com o novo chefe, ele anunciou que iria trazer um colega indiano. Quando ele anunciou as atribuições e atividades do indiano, eu percebi que eram muito parecidas com o que eu fazia - na hora eu vi que ele estava trazendo alguém para o meu lugar. Pensei que precisava me mexer rapidamente e liguei para meu antigo chefe para cobrar aquela transferencia, afinal de contas ele ja estava de volta a terra dele com contatos fortes e poderia me transferir para lá. Quando falei com ele eu percebi como as coisas de fato funcionam - eu nao era mais util para ele pois nao estava mais gerenciando projetos da area dele, então ele desconversou um pouco e quando cobrei a transferencia que ele havia prometido nos ultimos anos, ele falou que infelizmente nao seria possivel, mas que se eu conseguisse o visto para trabalhar nos USA ou Green Card - eu poderia bater na porta dele que ele me contratava. Mais uma vez eu me contive para nao mandar a pessoa para um lugar nao muito agradavel e me senti feito de idiota.
Imediatamente comecei a encaminhar meu CV para as oportunidades que achava interessante, mas nenhuma entrevista aparecia. Nesse meio tempo, meu chefe começou a me tirar de reuniões que eu participava e incluiu o colega indiano, depois foi me tirando de projetos que eu gerenciava e aos poucos foi me isolando na empresa. No inicio, eu ia nas reuniões mesmo nao tendo sido convocado, mas nao é uma situação que voce consegue sustentar por muito tempo. Passou um tempo e eu percebi que chegava no escritório e nao tinha nada o que fazer o dia todo - ele havia me isolado completamente. Comecei a tentar esclarecer com os colegas que eu mantenho ate hoje e um deles me ensinou uma coisa importante: ele disse que o sistema na empresa era igual o sistema politico. Eu havia encontrado um padrinho politico e ele havia me nomeado para diversos cargos e projetos; mas agora uma nova eleição tinha ocorrido e outro partido estava no poder; então seria questão de tempo para eu ser mandado embora, já que minha imagem estava muito colada a imagem do chefe anterior.
Compreendi a analogia (que eu considero perfeita) e comecei a acelerar mais ainda minha busca por outra empresa. Após algum tempo (acho que uns 4 meses) fui chamado para entrevista na empresa onde estou atualmente. Foi um processo rapido, onde a empresa estava precisando de alguem com minha experiencia pois haviam crescido bastante no mercado e precisavam arrumar a casa para garantir a entrega dos projetos / produtos para os clientes.
Como eu também estava buscando outro desafio e uma maior qualidade de vida (nada de ficar trabalhando de final de semana, etc...), nao foi dificil negociar alguns beneficios e logo eu aceitei a oferta e mudei de emprego. Novamente, fui muito feliz me desligar do emprego anterior, meu chefe nao fez muita questão de me segurar e percebi que meu ciclo definitivamente estava encerrado por lá e um novo ciclo estava se iniciando.
Cheguei aqui com um time muito imaturo, mas logo algumas pessoas foram mudando e hoje o time é bem coeso e competente. Essa competencia e resultado do time nos ultimos tres anos (além da puxada de tapete do meu chefe na empresa atual que ficou com uma vaga que seria minha nos USA), acabou despertando uma indicação desse mesmo chefe que me puxou o tapete para ser responsavel por uma area nos USA e iniciou o meu potencial projeto de transferencia que venho dividindo com voces. Na verdade, o escopo da transferencia se alterou um pouco e nao seria responsavel pela area somente nos USA mas sim na região Americas - o que me tornaria um funcionário corporativo. Isso representa um salto grande na hierarquia da empresa e uma oportunidade bacana para minha carreira e também para minha familia, pois seria uma transferencia para pais desenvolvido em região com uma maior qualidade de vida do que temos por aqui.
Esse é um resumo de como cheguei onde estou - claro que muito mais coisas ocorreram, mas aos poucos vou me recordando de situações que eu achar relevante e divido a experiencia com voces. Nao falei muita das experiencias da empresa atual porque ainda sao recentes e tenho de aprender com elas - além disso, como sao coisas recentes pretendo ainda manter o sigilo ate por se tratar de projetos de grande impacto e repercussao no mercado. Também nao atualizei salário e promoções na empresa atual para tentar manter um minimo de privacidade e sigilo.
Ate para nao me esquecer - fica o compromisso de na proxima postagem falar do resultado da transferencia e tentar abrir mais informações sobre esse processo, negociação, etc... até eu estou ansioso com o resultado da potencial transferencia para os USA.
Um grande abraço,
Sensacional, felizmente no jogo político da empresa anterior você conseguiu surfar a onda durante um tempo e fez o teu nome com projetos relevantes, apesar do desfecho negativo com o antigo diretor.
ResponderExcluirTomara que ocorra tudo bem na transferência para os EUA e que os resultados continuem sendo extremamente positivos.
Grande abraço.
Ola Engenheiro - tudo bem ? Realmente, na empresa anterior eu tive boas oportunidades e apesar de nao ter conseguido a transferencia, eu tive aumentos expressivos de salario e cheguei em um cargo com boa remuneração e beneficios. Além do aprendizado do peso politico (para o bem e para o mal) na carreira das pessoas.
ExcluirUm grande abraço,
Caramba Ep, que trajetória heim...
ResponderExcluirBacana sua história. Eu fiz um resumo também da minha história no primeiro mês do Blog.
Eu trabalho em uma multinacional e trabalhei com um superintendente Dinamarquês aqui no Brasil e meu gerente me informou que de todas as pessoas que ele trabalhou aqui no Brasil, ele me escolheu para passar 3 meses na Dinamarca para ser treinado com os melhores no ramo. Porém tem uma coisa, ele falou que eu preciso melhorar um pouco meu Inglês, to correndo atrás, mas acho que estando la, falando e pensando 24 horas/dia , meu inglês irá melhorar muito...
Acho que será uma oportunidade incrível pra mim, onde poderei fazer um bom networking. Um abraço..
Dinamarca? Porra, se vc conseguir ficar por lá, GANHOU A VIDA porra! Um dos melhores países do mundo, lindo, limpo, seguro, qualidade de vida top e mulheres deusas em qualquer balcão de padaria...Cara, boa sorte!!!
ExcluirOla ISN - tudo bem ? Essa é uma excelente oportunidade para voce. A Dinamarca é um pais sensacional. O unico ponto de atenção é que se seu gerente disse que voce tem de melhorar o Ingles, provavelmente ele espera que voce faça isso por aqui, antes da viagem para o treinamento. Provavelmente ele quer ter certeza que voce vai chegar lá e falar bem com o pessoal. Vale a pena o esforço para acelerar ao maximo esse aprendizado.
ExcluirUm grande abraço e boa sorte,
Realmente Dinamarca é um país e tanto,tive lá 2 vezes para treinamento e achei fantástico.
ExcluirUm abraço
Poxa vida, que aula.
ResponderExcluirVendo toda esta movimentaçao tive um sentimento de preguiça enorme, realmente nao é mesmo o que quero para minha vida agora (sempre buscar resultados acima da media, trabalhar 12 horas por dia ou mais e aos finais dd semana).
Digamos que eu parei ali na sua fase de coordenador, nao tive inteligencia ou mesmo paciencia para estes joguinhos politicos, mas tambem fiz o papel do burro perseguindo a cenoura.
Que excelente narrativa e historia de vida, deu pra entender bem como funcionam as organizaçoes.
Agradeça a sua esposa, digamos que 50% disto tudo foi da amizade dela com a esposa do diretor :)
Ps.: Sorte que sua esposa falava ingles.
Abraçao EP, muito bom mesmo o aprendizado passado neste texto
Ola VDC - tudo bem ? A intenção era exatamente mostrar como o fator politico fica cada vez mais forte conforme vai subindo no organograma. Nao sao todos que tem estomago para isso e eu me questiono muito se vale a pena.
ExcluirA minha esposa tem um nivel de educação formal muito alto. Quando casamos ela fazia faculdade, depois ela continuou com o mestrado e com o doutorado - agora está no pos doutorado. Ela nao fala Ingles quando nos conhecemos, mas quando começou o mestrado ela procurou estudar e fala Ingles bem.
Um grande abraço,
Nunca vi em lugar nenhum tantos detalhes da "vida corporativa" assim, a partir de hoje terei nojo profundo das entrevistas com executivos todo engomadinhos falando de "empreender, atitude, entender o jeito de cada um" etc da Exame...
ResponderExcluirOla anon - tudo bem ? Eu acredito que minha contribuição para a blogosfera de finanças é exatamente falar um pouco do mundo corporativo, por isso vou tentando colocar cada vez mais detalhes de como tem sido as minhas experiencias.
ExcluirNao sei "ter nojo" resolve alguma coisa ... tem coisas na vida que sao como são e pronto. Esse é o caso do mundo corporativo e das relações humanas. O que podemos fazer é entender as regras do jogo e decidir se queremos jogar.
Um grande abraço,
Rapaz, você é um exemplo para mim, faço questão de ler todas suas postagens e absorver o máximo de suas experiências.
ResponderExcluirMuito obrigado.
Com certeza você é um dos melhores blogueiros existentes por aqui.
Poxa anono - muito obrigado pela sua mensagem. Isso motiva a escrever cada vez mais.
ExcluirMuito obrigado mesmo.
Parabens pela sua trajetoria EP!!!! Admiro muito voce!! Abraço
ResponderExcluirOla Gari - tudo bem ? Muito obrigado pela consideração. Esses comentários que incentivam a tentar escrever um pouco mais e com mais detalhes.
ExcluirUm grande abraço,
Rapaz, torço por você, mas prefiro continuar estudando para meus concursos. Neles tenho de aturar livros chatos de teorias malucas de Direito, milhares de horas em bibliotecas e cursinhos. Mas, na minha opinião, é menos problemático que conviver com malandros engravatados, fazer horas extras grátis.
ResponderExcluirMinha ideia é aportar forte pelos próximos 8 anos, conseguir um valor que possa me pagar bons juros na venda coberta ITM e curtir minha vida. Não tenho filhos, já tenho casa própria. Assim é mais fácil chutar o balde.
Rapaz, já quis procurar desafios, agora eu procuro ganhar mais dividendos.
Espero que vc seja feliz nas terras do Norte. Força.
Ola anon - tudo bem ? Com certeza os concursos sao uma alternativa, mas infelizmente nao sao para todos. Sao poucas vagas que realmente tem um salario diferenciado, a concorrencia é bastante alta e a partir de determinado nivel também existe muita influencia politica. Infelizmente ou felizmente, o ser humano é um animal politico - ele vive em grupo e manobra dentro desse grupo em prol dos seus interesses. A questão é como essas manobras sao feitas.
ExcluirO seu objetivo de aportar e atingir a IF é muito bom - o caminho é esse mesmo. Gastar menos do que ganha e investir para ter um bom patrimonio que gere renda passiva.
Um grande abraço,
Fala EP, muito legal o seu relato, muitos dizem sobre politica no trabalho, mas esse seu relato foi bem didático de como funciona as coisas, inclusive com personagens de fora do Brasil. Não sei a sua área, mas só achei o seu salário aquém de outras áreas e regiões, em TI aqui em SP o seu nível gerencial paga-se 25k fácil !!!
ResponderExcluirOla SP - tudo bem ? infelizmente nao sou da area de TI e nem da area financeira. Tenho colegas que trabalham em instituições financeiras que tem salarios que sao o dobro do meu e bonus infinitamente maiores. Se for para a area da saude em empresas farmaceuticas, a coisa fica melhor ainda. Existe muita discrepancia entre os setores.
ExcluirUm grande abraço,
EP gostaria de te fazer uma pergunta que não tem haver com o post.
ResponderExcluirMe formei em ADM em 2010 numa "uniesquina". Vale a pena fazer uma especialização em uma boa faculdade pra valorizar o currículo a essa altura do campeonato?
Só vale se vc fizer especialização ou MBA em cultura afro-americana, ideologia de gênero ou técnicas de combate a homofobia, o mercado ultimamente tem uma demanda gigantesca por pessoas com tais especializações. Se quer um diferencial ainda maior: Mestrado em Direitos Humanos e Políticas Sociais.
ExcluirCom certeza vale!! Pois é ela que ficará em destaque dependendo do ponto em que sua carreira está. Se você estiver em cargo de coordenador,gerente o MBA fala mais alto.
ExcluirOla anon 17:29 - tudo bem ? Uma especialização em faculdade de primeira linha so vale a pena se voce tem chances reais de chegar (talvez voce ja esteja lá - desculpe, nao ficou claro para mim) em nivel gerencial. Caso contrario, utilize o dinheiro para aprimorar o idioma. Caso já tenha fluencia em Ingles (mas fluencia mesmo) então invista em outro idioma. Os maiores catalizadores para impulsionar carreira que eu já vi sao exatamente fluencia em idiomas e networking.
ExcluirUm grande abraço,
Ola anon 14:55 - com certeza seu comentário reflete a situaçaõ atual. Estamos vivendo uma epoca de mudanças (algumas nao muito beneficas na minha opinião), mas o mercado fala mais forte que qualquer ideologia. Por isso bato na tecla da especialização em idiomas ... é o que mais agrega no CV e também o que te permite mudar de pais se for necessário.
ExcluirUm grande abraço,
É isso ai Kanner - para cargo gerencial o melhor é um MBA ou mesmo mestrado pois te abre portas para entrar no mundo academico e funciona como uma alternativa de carreira.
ExcluirUm grande abraço,
Sou o anon 17:29 e agradeço pelas respostas de todos.
ExcluirSou funcionário público na realidade. Mas penso em possíveis alternativas pra mudar de área.
Não sou pelo menos no momento alguém que busca alternativas gerenciais em médias ou grandes empresas.
Na realidade meu foco era valorizar meu currículo para poder ter maiores oportunidades, caso decida voltar a procurar empregos na iniciativa privada, provavelmente na área bancária ou administrativa.
Com relação ao primeiro anon, realmente hoje estão valorizando muito as questões sociais, nem que seja da boca pra fora.
Agradeço ao Kanner e ao EP pela sugestão de melhorar o Inglês. Tenho apenas o nível básico e conhecimentos básicos também em Espanhol, vamos ver se em 2018 tomo decisões sérias a respeito.
É isso ai anon - o foco em dominar idiomas costuma trazer melhores dividendos no mundo corporativo. Eu sei que voce é funcionário publico, mas ainda assim o dominio de outros idiomas é uma habilidade pessoal que é importante para viagens, morar em outro pais, explorar oportunidades de negocios e investimentos com estrangeiros, etc...
ExcluirUm grande abraço,
Parabens meu amigo!!
ResponderExcluirOla IM - muito obrigado.
ExcluirUm grande abraço,
Moro em uma cidade pequena do interior da Região Nordeste onde praticamente não existe mobilidade social.
ResponderExcluirA maioria dos empresários e servidores públicos de médio escalão fazem parte daquela organização fraterna e discreta. Os melhores empregos por sua vez já estão destinados a jovens que fazem parte da versão júnior da organização. Para o resto sobra os trabalhos mais pesados e com salários baixíssimos. O que vale por aqui é a origem familiar e o sobrenome.
Espero ir para um centro urbano maior para estudar e trabalhar e construir minha própria riqueza.
Meu sonho seria investir em algo no meu município só para ver como a "elite" da minha cidade reagiria. Mas só para observar de longe, pois morar aqui eu não pretendo mais.
Acredite, tem gente que nasceu e cresceu e verdadeiros "oásis", fazendas fartas no meio do sertão, caminhonetes de última geração, casas com piscina, chegando na cidade grande quando passa em uma universidade ou concurso público dizendo que vieram da extrema pobreza.
Ola anon - cidades pequenas sao apenas uma representação do que acontece nas grandes cidades, mas em escala reduzida. Nas grandes cidades também os melhores empregos sao atraves de indicações, nas grandes cidades também vale a origem social, sobrenome, etc...
ExcluirPara quem nao faz parte desse mundo a alternativa é construir a propria riqueza - alias, essa é a beleza do capitalismo (mesmo com todos os seus defeitos). Nenhum outro sistema permite tamanha mobilidade social como o capitalismo. Nao vemos abertamente isso no Brasil porque temos um sistema que nao é de livre mercado - mas nos USA por exemplo (poderia citar também Coreia do Sul e Alemanha que sao paises que conheço um pouco mais), a mobilidade é possivel para aqueles que tem o espirito de construir a propria vida.
Nao se preocupe com a elite da sua cidade ou com a reação deles. So invista em algo por lá se fizer sentido financeiramente. Caso nao faça - trabalhe bastante e depois va usufruir da sua riqueza sem se importar com a "nobreza" da sua cidade.
Um grande abraço,
Mas Executivo Pobre, em cidade pequena é bem pior. Em cidade grande você ver um executivo, empresário, médico, juiz, que veio de uma classe menos favorecida. Aqui isso deve ser uma raridade, todos já vem das famílias conhecidas.
ExcluirExemplo que tive foi de um professor dele que disse que nós eramos o futuro da cidade. Esperaria reencontrar a gente trabalhando em supermercados como carregador ou despachante. Um grande incentivo por parte dele.
É revoltante pois esses jovens filhos de ricos estudam em escolas privadas - que por aqui não são tão diferenciadas - nem ligam para os estudos, e para não manchar a reputação das famílias os pais pagam universidades particulares de baixo renome em grandes cidades para esses jovens, eles recebem uma formação mediana, voltam para cá e ganham os melhores empregos não por competência, mas porque os pais são da família tal ou são da organização fraterna.
Ainda é o Anom 18:11
ResponderExcluirEu não suporto essas futilidades, pelo menos em cidade grande você é só mais um na multidão e poucas pessoas se importam com o que ocorre com sua vida.
Aqui se você faz as pessoas aumentam, se não faz, inventam. Não conheço ninguém realmente pobre que prosperou por aqui, a única história foi de uma pessoa que se casou com uma outra herdeira e rica. Sendo assim não foi por esforço e trabalho próprio.
O interior do nordeste tinha tudo para ser desenvolvido como outras regiões áridas ricas do planeta, como sudoeste americano ou Israel, mas é esse tradicionalismo e elitismo presentes aqui não deixam a região ir para frente.
Muito boa sua trajetória, EP! Inspiradora!
ResponderExcluirAbs
Ola Enriquecendo - obrigado pela visita e pelo comentario. Hoje eu consigo avaliar que tive bastante altos e baixos e tomaria algumas decisoes diferentes, mas em maneira geral eu nao me arrependo de como minha carreira foi conduzida. Tive experiencias importantes e grandes oportunidades que a maior parte dos colegas nao tem.
ExcluirUm grande abraço,
EP não me leve a mal, mas sua amizade com o vice presidente foi falsamente forjada por você , e amizades de verdade não se cobram favores como obrigações
ResponderExcluirE desculpe a sinceridade : essa parte do relato deixa claro que você é o sujo que fala mal do mal vestido, e acha que está certo
Não vejo o Ep dessa forma. Pois foi o acaso que fez ele desenvolver uma boa amizade com o gringo. E isso nada mais é do que um tremendo exemplo de networking bem executado. Sem falar pela eficácia do Ep pra executar os projetos que foram direcionados pelo amigo dele.
ExcluirNa boa, é óbvio que ele teve uma vantagem, mas eu diria sorte(mix de oportunidade com capacidade).
Pra fechar, o gringo que ofereceu o greenCard a ele. E claro por ser algo de interesse do Ep,nada mais justo cobrar de forma elegante o favor prometido. Só leio e aprendo mais com o Ep.
Continue assim cara!
Ola anon 16:16 - tudo bem ? Nao levo a mal seu comentário de jeito nenhum. Voce foi educado na sua abordagem, nao tem porque eu ficar chateado.
ExcluirNa postagem, apesar de ela ter ficado muito longa, ela ainda é muito resumida em relação a tudo que ocorreu. Esse resumo é em parte uma exigencia para ficar dentro de um tamanho de postagem e em parte uma exigencia por nao poder revelar detalhes que poderiam indicar quem é a pessoa que estou falando.
Mas tem um ponto interessante que voce coloca - a amizade foi falsamente forjada por mim e que amizades de verdade nao se cobram favores como obrigações. Então, aqui eu tentarei esclarecer um pouco mais - a amizade nao foi forjada por mim. Como eu mencionei no texto, esse meu antigo chefe que solicitou que eu mostrasse a cidade para ele, que eu levasse minha esposa pois a esposa dele também iria. Ate esse momento, ele nao me conhecia a fundo e eu também nao conhecia ele. Depois disso, ele me convidou para ir a casa dele, me convidou para viagens, etc... e eu passei a também convida-lo para ir a minha casa e para viagens. O casamento que fui nos USA (que falei bastante aqui no blog) era o casamento da filha dele com o meu primo - para voce ver que eu apresentei todos a minha familia, etc...
E nesse caso especifico é mais do que possivel cobrar a transferencia simplesmente porque ela foi prometida. Ele me chamou para uma conversa e falou: "EP - tenho esse projeto que é grande e complicado e eu preciso que voce gerencie isso. É uma oportunidade grande para mim (tanto que ele foi promovido a Vice Presidente) e se voce me ajudar eu também te ajudarei com a transferencia para os USA. O problema é que voce terá de mudar de cidade e como eu sei que isso pesa na questao familiar, eu proponho esse periodo de projeto e apos a transferencia."
Nao tem nada demais isso - trata-se de uma negociação clara. Ele precisava de algo que eu poderia fazer e eu queria algo que ele poderia fazer. Nada mais simples. Infelizmente, nao conseguimos terminar o acordo porque ele teve de ir embora correndo senao ele seria demitido. Relações politicas sao complicadas.
Mas nao é o sujo falando do mal lavado, porque eu fiz minha parte no acordo e mencionei no texto que obviamente fiquei decepcionado e com raiva por nao ter conseguido a transferencia mas ... "Depois que a raiva passou, eu pude ver que na verdade agora eu tinha um CV mais atrativo devido as experiencias que eu tive, os projetos que gerenciei e que em ultima analise, eu havia sido promovido e aumentado bastante meu salário."
Esta lá no texto - o esforço nao serviu para eu ser transferido, mas serviu para melhorar meu CV, ser promovido e ter aumento salarial.
Um ultimo ponto a comentar - quando voce coloca que amizades verdadeiras nao se cobram favores como obrigações - eu também peço para nao me levar a mal, mas essa é uma visao um pouco ingenua de como funciona o mundo corporativo. Isso vale para seus amigos de infancia, parentes, amigos do colegio e faculdade ... mas pode ter certeza de que nao vale para as amizades no trabalho. Principalmente, a partir de certo ponto na organização. Veja o caso so Steve Jobs que foi expulso da empresa que ele fundou, o caso do Eduardo Saverin que foi ludibriado na empresa que ele fundou, veja o caso do McDonalds, etc... poderiamos ficar falando o resto do ano sobre casos de amizades verdadeiras que puxaram o tapete das pessoas no trabalho.
Talvez pelo trabalho voluntário que sempre realizei em presidios - no ambiente de trabalho eu confio sempre desconfiando. Alias, eu tenho mais amizades verdadeiras com ex-detentos do que com pessoas do trabalho. Interessante isso, né ?
Um grande abraço e obrigado pelo seu comentario.
Ola Kanner - muito obrigado pelo comentário. Eu nao deixei explicito no texto, mas voce compreendeu bem que houve uma negociação para eu gerenciar o projeto e que a transferencia era parte dessa negociação. Isso é corriqueiro no mundo corporativo.
ExcluirInfelizmente nao foi possivel a trnasferencia naquele momento. Por isso na epoca eu fiquei bastante frustrado e com raiva, mas nao foi uma coia ruim. Eu fui promovido e tive aumento salarial por causa do projeto, então ele valeu a pena. Claro que preferia a transferencia, mas o caminho nao é reto e plano ... temos curvas, subidas e descidas ... quem sabe agora eu nao consigo a transferencia ???
Eu poderia ate omitir essa passagem, mas seria desonesto porque eu tenho plena consciencia de que soemnte consegui aquela promoção especifica por causa da minha amizade com o Vice Presidente - ele me ajudou muito a encontrar atalhos na vida corporativa, tanto que é meu amigo ate hoje.
Um grande abraço,
EP sou o anon inicial e vc me convenceu no que disse. Agradeço a gentileza com a qual tratou a crítica e eu agora reconheço que tens razão e retiro o mal entendido.
ExcluirMostrastes que tens valor e uma posição coerente, e que a cobrança foi em cima de uma negociação e por esta razão não há falsidade.
Parabéns mais uma vez pela postura que tivestes ao tratar o meu comentário, e ganhastes agora mais um admirador , mesmo que isso não signifique muita coisa.
Ola anon - muito obrigado pelo comentario e por ter retornado colocando a sua posição. Fico feliz que tenha entendido o que eu quis expressar. As vezes é muito complicado transmitir a ideia toda apenas escrevendo, mas como infelizmente nao temos possibilidade de encontrar os colegas para um bate papo pessoal, vamos falando por aqui mesmo.
ExcluirUm grande abraço,
Belo relato, EP.
ResponderExcluirEstava aguardando esta segunda parte, e ela foi muito boa. O mais interessante de tudo é que o seu histórico no mundo corporativo tem inúmeras semelhanças com o post que fiz em Novembro: Um Guia de Sobrevivência no Mundo Corporativo.
Acredito que você vai gostar, pois é impressionante como as semelhanças são inúmeras.
https://termosreais.wordpress.com/2017/11/05/mundo-corporativo-um-guia-de-sobrevivencia/
Forte abraço!
Ola TR- tudo bem ? Eu gosto muito das suas postagens. Muito legal o seu guia. Que bom que gostou da segunda parte - acho que tentar esclarecer um pouco mais os bastidores do mundo corporativo pode ser uma contribuição importante para os colegas.
ExcluirUm grande abraço,
Eu queria sumir. Odeio minha família, ninguém me apoia, todo mundo diz que minha mãe é uma coitada e eu sou o monstro. Do fundo do meu coração, não queria olhar mais na cara de nenhum. Queria fugir e esquecer que nasci nessa família.
ResponderExcluirComo é que se honra uma mãe que não quer o sucesso do filho? Se passa por coitada e todo mundo acredita? Eu acho que ficarei louco, não suporto mais, não tenho dinheiro para psicológo, nem me recomendem. Se eu disser que preciso ir em um vão dizer que é frescura.
Como é que estuda, trabalha, faz planos, rodeada de gente assim? Se eu me matar não vai fazer falta. Nem aquele CVV adianta, só fazem repetir as coisas. Por que meu Deus fui nascer aqui, por que?
E quando a gente pede apoio, conselho, pedem para ter paciência, para aguentar tudo calado. Vocês aqui da blogosfera já estão com a vida ganha, é fácil falar, tiveram famílias ótimas (não façam cerimônia, tiveram sim e isso foi essencial), apoio.
Eu só queria melhorar de vida, se desse para suportar eu teria meus próprios filhos no futuro, e faria tudo diferente com eles. Construiria minha própria família. Mas não sei se eu consigo sobreviver a essa situação. Estou desesperado.
Eu sou bem idiota e um dia eu queria contar MINHA história de superação, mas na minha situação não vai ter superação nenhuma.
Ola anon - tudo bem ? Esse tema foi abordado diversas vezes em inumeros blogs. Todos temos dificuldades (algumas maiores e outras menores). Eu faço um trabalho voluntario em presidios desde a epoca da faculdade - creio que nao vi nenhum ambiente com mais dificuldades do que um presidio. Ainda assim, posso contar historias de superação de pessoas que estiveram por lá. Jamais poderia dizer que o caminho é facil e com certeza tem pessoas que ganham na loteria e nascem em lugares e familias privilegiadas; mas que é possivel superar as dificuldades, com certeza é sim.
ExcluirTenha foco e força para lutar pelo que vale a pena. O seu discurso preocupa pois parece que esta entregando os pontos; mas voce e mais ninguem é responsavel por melhorar a sua vida. Se esta insuportavel viver com familiares, arrume uma fonte de renda e tenta morar sozinho. Devemos nos cercar de pessoas que nos façam bem e elevem a moral. As vezes, pode ser necessario dar um tempo de familiares mais proximos para enxergar melhor a situaçaõ e buscar uma reaproximação no futuro.
Um grande abraço e boa sorte.
Executivo Pobre,
ResponderExcluirParabéns pela história de vida até agora. Essas duas postagens para mim podem ser consideradas as melhores da blogosfera de finanças de 2017, não sabe como ela foi inspiradora para mim.
Você por acaso teria um email para contato anônimo? Tenho uma dúvida sobre como agir numa situação em relação a networking na empresa, e sinto que não tenho ninguém com quem possa conversar sobre isso. Vou ficar muito grato se você puder ler minha mensagem e responder.
- Mark
Ola Mark - tudo bem ? Que bom que a postagem foi util para voce - fico feliz com isso.
ExcluirEu nunca havia criado um email para falar com os colegas (além do email criado para fazer o blog) - mas envie para executivopobre@gmail.com
Um grande abraço,
Excelente post!
ResponderExcluirOla ST - obrigado pela visita e comentário.
ExcluirUm grande abraço,
Estava ansiosa pela segunda parte! REalmente, exemplo de trajetória e que vc possa passar vários conhecimentos ao estagiário EP.
ResponderExcluirObrigada.
Ola Daia - tudo bem ? Esse sera o maior desafio - educar o Estagiário para ser uma boa pessoa e transmitir os valores que eu acho importantes.
ExcluirUm grande abraço,
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir~Repostando, pois acabei apagando erroneamente o comentário~
ExcluirCara, que loucura! kkkk Parabéns por tudo que conseguiu, você batalhou muito, admiro de mais isso. Adoro ler relatos de vida como o seu, me servem de grande exemplo. Sempre tive vontade de cursar Eng. Mecânica também, mas minha situação financeira até hoje não me permitiu. Tive que começar a trabalhar aos 16 para ajudar em casa (na época recebia 300 reais como estagiário, depois subi para menor aprendiz e logo após fui efetivado), então tive sempre que priorizar o trabalho. Ler sua história só me faz questionar cada vez mais se é isso que quero para minha vida, hoje estou com 21 anos na mesma empresa e nesse tempo de trabalho já experimentei algumas coisas que você vivenciou dentro das empresas que trabalhou (politicagem de que só cresce quem é amigo do chefe, gente escrota querendo puxar seu tapete, supervisor achando que é deus e aplicando altos níveis de assédio moral sendo que nem chefe é, esforços não reconhecidos, varias "horas bestas", que é como chamo as horas extras que não são pagas, feitas pra entregar trabalho em dia e não receber nem um parabéns, muito stress diário, muita preocupação de não saber se ainda vai ter seu emprego no outro dia por ver pessoas que jugava excelentes funcionários serem demitidas sem dó nem piedade etc.). Cada coisinha dessa vi o pobretão falando e não acreditava que era verdade por ser novato e iludido, mas hoje vejo que a única salvação é a IF. Atualmente faço faculdade de TI, mas não estou curtindo muito. O dilema é que se eu continuar cursando posso ter uma promoção para o setor de TI e dobrar o salário. Mas quer saber a verdade? Isso não me enche os olhos. O que eu quero mesmo é fazer meu intercâmbio para a Austrália (já até comentei com você no post que pede opiniões sobre ir para a terra do tio Sam, e sinceramente espero que de tudo certo) e tentar minha vida por lá, não vou entrar no mérito de que os salários lá são bem equilibrados para todas as profissões (mesmo sendo "subempregos", não curto esse termo, mas é a forma mais fácil de ilustrar). O que eu desejo do fundo do meu coração é qualidade de vida, é poder ter a tranquilidade de saber que posso chegar de madrugada em casa, ou sair, e os riscos de vir um vagabundo me matar em troca de cinco reais na minha carteira são quase nulas, quero ter a consciência limpa em saber que meus altos impostos estão sendo revertidos para a melhora da sociedade, quero ter transporte de qualidade, saúde, educação, quero tudo que um país como a AU pode oferecer para seus cidadãos (vai ser difícil ser um, mas o que nessa vida é fácil? principalmente aqui no Brasil). Passei por alguns problemas sérios esse ano, atualmente frequento sessões com uma psicóloga e o que ela me aconselha (assim como muitos outros) é que eu tenho que ir, porque se não for irei viver para sempre com o peso do "e se?". E quer saber? No máximo se não der certo eu irei ter que voltar para o Bostil (salve probreta), só que com uma bagagem cultural gigante e com inglês. Queria saber se você tem algum conselho para mim? Ainda penso em cursar Eng. Mecânica, mas tenho minhas dúvidas, e estou pensando em Astro Física também (professor/pesquisador lá fora é bem valorizado, diferente daqui) além de querer montar meu próprio negócio. Sei que não estou mais em tempo de ficar sonhando, mas tudo isso é devido as experiências que tive que mudaram totalmente minha forma de pensar. Um abraço EP, e espero que no próximo post você fale que já está de malas prontas pra américa do norte.
Executivo, tenho 20 anos e estudo para concursos públicos. O que você pensa a respeito da diferença salarial que existe entre o setor privado-público, uma vez que você, como gerente duma empresa, é remunerado com o mesmo salário que o "inicial" de um oficial da polícia militar, que geralmente toma posse no cargo com 22-25 anos.
ResponderExcluirSem mencionar as carreiras jurídicas que possuem inicias de R$ 20.000,00.