Olá pessoal - tudo bem ? Estou separando aqui alguns minutos para iniciar as minhas conversas sobre o processo de mudança que me trouxe para a Terra do Tio Sam. O processo foi bem demorado se contar desde a primeira ligação que eu recebi com uma sondagem a respeito da vaga que estaria disponivel e o dia do embarque: se considerar todo esse tempo, foi algo perto de 10 meses.
O principal ponto nessa postagem é mostrar como a questão do relacionamento influencia diretamente nas oportunidades profissionais que aparecem. No meu caso, eu apliquei para essa vaga nos USA há um bom tempo atras e comuniquei ao meu chefe na epoca. Ele incentivou a minha candidatura, mas também se candidatou a vaga e ativou os contatos dele para reforçar a candidatura - obviamente que ele foi escolhido e obviamente que eu fiquei puto da vida para falar um portugues claro. Fiquei com uma mistura de raiva dele e raiva de mim mesmo: raiva dele porque ele só ficou sabendo da vaga porque eu avisei ele achando que deveria seguir os procedimentos da empresa e mesmo assim ele me deu esse "chapéu"; e raiva de mim porque fui ingenuo de acreditar que deveria seguir os procedimentos nesse caso e ter arriscado a minha transferencia.
O tempo foi passando e esse meu antigo chefe foi promovido nos USA e abriu uma vaga e ele recomendou meu nome. Achei estranho quando ele me ligou para falar da vaga e que alguem iria me ligar para dar mais detalhes caso eu estivesse ainda aberto para oportunidade de trabalhar fora e eu topei escutar para entender mais como seria essa nova vaga e também tentar entender se eu estava bem posicionado.
Para minha surpresa, um antigo diretor (que depois foi promovido a Vice Presidente do meu departamento) me ligou para dizer que ele havia pedido recomendação e o meu antigo chefe havia me recomendado para vaga e ele concordava. Aproveitei o momento para tentar ja entender como seria a hierarquia e ele me informou que o antigo chefe estava indo para outra divisão - então eu nao iria mais ter ele como chefe. Quando ele falou isso, eu entendi que estava de volta ao jogo e decidi topar a oferta.
Esse antigo Diretor (agora Vice-Presidente) também começou a conversar comigo sobre as coisas do trabalho no passado e eu observei que ele sempre lembrava de duas ou tres negociações que eu tinha feito - e conversando com ele, ficou claro que voce faz alguma pequenas coisas (nao foram as maiores negociações nem as mais difíceis) que acaba marcando para outras pessoas. Mas boa parte de "marcar" a outra pessoa está no fato de voce observar que teve um bom resultado e trazer isso a tona sempre que possivel. Claro que voce nao deve ficar fazendo propagando vazia, senão vai ficar conhecido como o "carreirista" ou "puxa-saco" do chefe e nao vai mais conseguir a ajuda do time nos projetos que voce estiver participando. Mas tem que trazer os bons resultados a tona de forma indireta, sempre que tiver oportunidade. Um exemplo de como aconteceu comigo recentemente:
"Estavamos em uma reunião de time com varios profissionais e eles debatendo sobre as margens de um projeto. Assim que tive a oportunidade de falar, eu soltei essa: "Olha, acho que aqui a gente poderia chamar e fornecedor e negociar colocando o volume do projeto ABC e 123 juntos - sabemos que ele nao vai ter capacidade produtiva para atender os dois projetos, mas com certeza ele vai querer atender e vai pensar muito sobre o aumento de faturamento que ele vai ter com esse potencial segundo projeto. Esse será o momento para negociar a redução de custo de 12% que precisamos para atender o projeto. Quanto a questão de capacidade produtiva, esse fornecedor terá de investir em equipamentos para atender essa demanda e de acordo com o plano estrategico que eles divulgaram no mercado (é uma empresa listada em Bolsa) eles pretendem fazer isso com o investimento de USD300 milhões. Os principais fornecedores desse equipamento precisam de 6 meses para construir e instalar um novo equipamento - o nosso fornecedor nao poderá esperar esse tempo todo. A nossa divisão que produz esse equipamento tem tres unidades em estoque de um pedido que foi cancelado - o nosso fornecedor irá precisar de 4 unidades, então nós poderemos vender para ele as 3 unidades em estoque e colocar o pedido de 1 unidade adicional e com isso ele consegue atender a demanda do projeto e nos temos uma redução de custo no preço peça de 12% e ainda vamos vender 4 unidades de equipamento, ajudando no faturamento da outra unidade de negocio e eliminando o estoque de 3 peças que eles tem hoje."
Claro que resumi bastante, mas acredito que consegui passar a estrategia que adotei. Assim que fechamos o acordo com fornecedor e com a unidade de negocios para venda de equipamento, eu aproveitei um email do setor de auditoria, falando sobre a importancia de seguirmos os procedimentos de compras para evitarmos casos de suborno, corrupção, etc... e mencionei que deveriamos criar um forum onde qualquer negociação superior a USD 5 milhões deveria ser apresentada para o CEO da divisão. Para ser sincero, o meu objetivo nao é fiscalizar os compradores (eu ja faço isso diariamente), mas era ter a oportunidade de mostrar as reduções de custo e estrategias desenvolvidas para o CEO e com esse forum eu criei esse canal de comunicação com ele, com o CFO, com o Vice Presidente de Operações e mais algumas pessoas cruciais em um momento de promoção futura. O primeiro caso que apresentamos foi exatamente esse que eu mencionei acima - mas eu nao fui apresentar (voce nao pode dar na cara que está querendo fazer o marketing), eu levei o comprador para apresentar. Dessa forma eu dou uma exposição bacana ao funcionário e consigo a exposição que eu queria com a Direção.
Esse foi só um exemplo de uma estrategia desenvolvida e negociada, onde foi possivel fazer uma boa propagando. Mas tirando essa narrativa da negociação, eu queria voltar a questão da minha oferta de transferencia e como tudo ocorreu.
Após algumas semanas, o RH entrou em contato comigo para falar de como seria a oferta e como proceder com o processo do visto. Eu acabei vindo para cá com o visto L1-A, o que me abre bastante as portas para um futuro Green Card - de toda forma eu estava relembrando as negociações de salário e beneficios. Agora com algumas semanas por aqui, eu vi que sai perdendo em algumas (poderia ter negociado melhor) e sai ganhando em outras - mas no geral, o maior beneficio é a possibilidade do Green Card em um prazo relativamente curto.
Eu ja postei sobre como a negociação foi conduzida - mas acho interessante re-postar para iniciar essa serie sobre a vida nos Estados Unidos e o pessoal que acompanha o blog relembrar como foi feita a negociação dos valores e beneficios. Coloquei os 8 principais pontos da negociação, a próxima postagem eu irei falar sobre como foi o processo do visto e a entrevista no Consulado.
A postagem (ou melhor, re-postagem) da negociação do salário e beneficios está abaixo.
Um grande abraço,
1 - Remuneração: esse foi o primeiro ponto discutido. Varios fatores entraram na conversa, já que a transferencia é para um local com media salarial mais baixa comparado com os Estados mais ricos da Terra do Tio Sam. A media salarial para um cargo gerencial na minha area por lá vai de USD 75K até USD 95K. Existe essa disparidade grande (algo nao muito comum nos USA) pois é um Estado com poucas industrias e muito mais focado no turismo e agricultura. Entretanto, as poucas industrias que tem por lá sao grandes multinacionais e industrias de tecnologia de ponta. Dessa forma, a media salarial para cargo gerencial fica distorcida e o intervalo fica um pouco mais abrangente do que em outros locais.
A primeira proposta que veio foi de USD75K (remuneração sempre anual) e foi prontamente rejeitada. A minha contra-oferta foi de USD110K mesmo sabendo que era um valor muito acima da media da região. Como eu esperava a pessoa que eu estava negociando (meu novo chefe nos USA) apresentou esse argumento dizendo que era um valor muito alto para a região e eu então perguntei qual era o intervalo salarial medio naquela area. Ele respondeu que era entre USD75K e USD95K e eu perguntei porque ele estava me oferecendo então USD75K que é o minimo que se paga na região?
Claro que isso causou um desconforto e ele subiu a oferta dele para um meio termo ... ele disse: Esta certo Executivo. Vamos fazer assim, nao te pago o minimo e nao te pago o maximo ... nem USD75 e nem USD95K - vamos rachar a diferencça e eu te pago USD85K. Maravilha !!! O primeiro passo estava estabelecido, eu havia conseguido ancorar a negociação em valores mais altos ... como ele ofertou USD85K esse se tornou o piso da negociação.
Na minha segunda investida, eu agradeci pelo movimento que ele estava fazendo e expliquei que havia um risco para eu mudar para lá, pois no Brasil eu conhecia todos os processos, fornecedores e clientes e já havia estabelecido uma relação saudavel com eles e por isso a qualidade do meu trabalho havia se destacado nos ultimos anos ... aproveitei e despejei um monte de resultados positivos obtidos em projetos e negociações que eu sabia que ele estava ciente. Então eu disse que como ele havia aumentado a oferta dele em USD10K (saindo de USD75K para USD85K) eu também iria baixar minha pedida na mesma proporção e devolvi a oferta de USD100K.
Ele disse que ainda era muito alto e que nao conseguiria aprovar isso para um profissional chegando lá no primeiro ano. Eu disse que entendia e que como estava muito interessado eu iria retornar com uma nova oferta. Como ele havia ja utilizado a tecnica de "dividir a diferença" eu fiz a seguinte proposta: Chefe, voce esta ofertando USD85K e eu quero USD100K - eu proponho de dividirmos a diferença e teriamos o valor de USD92,5K ... mas para voce ficar feliz e ter uma margem, eu te dou os 0,5K e fechamos em 92K. Quero deixar claro que essa oferta nao é o maximo que se paga na região (que seria USD95K), mas ainda assim é um valor que eu estou disposto a aceitar.
2 - Bonus Anual: assim que fechamos a questão salarial partimos para a negociação do bonus. Aqui nao havia muita manobra, porque o bonus é um percentual da sua remuneração anual e isso é definido pela corporação para todos os funcionários como sendo 10% da remuneração anual. Nao é um pacote de remuneração variavel agressivo (infelizmente) mas é a cultura e norma global da empresa, sem espaço para negociação.
3 - Mudança: obviamente a empresa paga as passagens para eu e minha familia nos mudarmos e paga também o transporte dos moveis que irei levar para os USA. Aqui, o que eu fiz questão de negociar é se caso a empresa encerrar o contrato comigo (ou seja, me demitir) ela também se responsabiliza com os custos da passagem e transporte das coisas de volta para o Brasil. Aqui nao houve resistencia - esse é um beneficio minimo e muito comum nas transferencias.
4 - Aulas de Ingles para Sra EP: o visto de trabalho que eu serei transferido (visto L1) permite que a Sra EP também trabalhe, o que já é um excelente beneficio. Como ela tem uma excelente formação (concluiu doutorado e está buscando o pós doutorado) em uma area muito procurada, eu quis negociar esse beneficio. Nao existe necessidade de aprimorar o idioma - a Sra EP fala Ingles muito bem; mas essa passa a ser uma oportunidade de networking, pois ela ira tomar as aulas de Ingles especifico para a area de trabalho que ela atua e essas aulas sao ministradas em uma universidade (a maior universidade do Estado) por profissionais da area. Com isso, ela poderá ter contato com pessoas influentes na area e garimpar indicações para trabalho na area academica. De qualquer forma, a ideia e que ela fique com o Estagiário Pobre durante um periodo adicional - provavelmente ate ele completar 2 anos. Por esse motivo, negociei um pacote de 200 horas-aula de Ingles pagos pela empresa; e como ja estava no embalo negociei o mesmo pacote também para mim. Nunca se perde em aprimorar o idioma e pode ser uma boa oportunidade de estabelecer contatos e mesmo fazer amigos já que chegaremos por lá sem conhecer ninguem da comunidade.
5 - Pagamento Aluguel / Veiculo: também abri uma frente de negociação para a empresa pagar 6 meses de aluguel. A ideia aqui era simplesmente obter uma vantagem financeira atraves da redução das despesas com moradia durante um periodo. Eles nao aceitaram e fizeram uma contra-oferta para pagar 3 meses de aluguel. Eu aceitei essa contra-oferta mas pedi para incluirem também aluguel de veiculo no mesmo periodo. Com isso eu ganho um tempinho sem ter despesas com carro até conhecer melhor a rotina por lá e entender quais serão as minhas necessidades.
6 - Bonus Assinatura: quando começamos a falar das despesas de casa e veiculo, surgiu o tema do historico de credito (credit score). Esse é o criterio utilizado pelos americanos para financiarem coisas, alugarem e prestarem serviços. Sem historico de credito voce tem de fazer deposito caução para praticamente tudo por lá. Se vai alugar um imovel e voce nao tem historico de credito é comum solicitarem alguns meses de aluguel como deposito; o mesmo ocorrendo com a empresa de luz, agua, internet, telefone, tv a cabo, etc... Então, eu percebi que teria de fazer um desembolso grande assim que chegar por lá, uma vez que todas as empresas irão exigir deposito ate eu construir meu historico de credito e isso leva entre 6 meses a 1 ano se feito com inteligencia. Para fazer frente a essas despesas, eu solicitei um bonus salarial de 3 meses de remuneração já que essa era a media que as empresas solicitam como deposito.
Aqui eu encontrei bastante resistencia e a negociação ficou bem dificil; mas eu lembrei que ja estava abrindo mao de beneficios que eu tenho no Brasil e que nao era uma exigencia minha mas sim uma exigencia do sistema de credito deles - eu poderia apresentar todo o meu historico do Brasil e ate fiz uma simulação no site do Serasa Experian (a Experian é a maior empresa de avaliação de credito dos USA) e mostrou que tenho uma pontuação de 860 no Brasil. Isso é um credito espetacular nos USA, porém eu nao carregaria esse credito daqui para lá e por isso eu ja nao iria me beneficiar das excelentes taxas de juros para alguem tem essa pontuação. Apesar de ser um argumento nao muito forte, acabou dando certo e eles concordaram em pagar dois meses de salario como bonus pela assinatura de contrato.
7 - Ferias e Feriados: como voces devem saber, nos USA nao existe a padronização do direito a dias de ferias como no Brasil que tem 30 dias de férias obrigatorios para todos os funcionários. Nos USA cada funcionário negocia individualmente as suas ferias e dias de folga e foi isso que tive de fazer. Para iniciar a conversa eu ja disse que no Brasil eu tinha direito a 30 dias de ferias. O meu objetivo era já ancorar a negociação em quantidade de dias mais alta porque eu sabia que nos USA a coisa era bem diferente.
O meu futuro chefe disse que nem ele tinha 30 dias e que era muito tempo. Eu lembrei então que por lá eles sempre falam em dias uteis de ferias (no Brasil sao dias corridos) e já quis fazer o primeiro movimento da negociação para mostrar uma boa vontade. Disse para ele que apesar de eu ter 30 dias no Brasil eu também achava um tempo exagerado, mas como eu estava mudando para outro pais eu precisaria de 25 dias. Ele entao me ofereceu 10 dias e 10 feriados pagos. Eu perguntei como assim - 10 dias de feriados pagos ? Ele me explicou que nos USA voce tem 10 feriados, mas que as empresas nao precisam pagar seu salário referente a esses dias - ai fui eu que quase cai para tras. Percebi que nao poderia ceder muito e perguntei como funciona o pagamento quando um feriado cai no sabado ou domingo. Ele me explicou que isso nao acontece - se o feriado cai no sabado, ninguem trabalha na sexta; se cai no domingo, ninguem trabalha na segunda.
Eu tive de reestruturar minha proposta e fiz uma oferta de 20 dias de ferias + 10 feriados pagos; o que daria os 30 dias que tinha no Brasil. Meu chefe disse que era razoavel e aceitou. Depois disso ele ainda me disse que eu tenho direito (por ser um beneficio da empresa para todos os funcionários) a 6 dias de PTO (Paid Time Off). Esses 6 dias eu posso usar para ir ao medico, para cuidar de algo em casa, para qualquer necessidade ou ainda, posso usar como Feriado Movel - ou seja, se o feriado cai na sexta eu posso, por exemplo, tirar 2 dias (quarta e quinta) como PTO e ja fazer a ponte com o feriado. Como meu cargo já me da direito a trabalhar home office quantos dias eu achar interessante - acaba que esses 6 dias viram ferias adicionais.
8 - Green Card: aqui entra o principal ponto de negociação. So por esse topico a transferencia ja valeria a pena, mas acabou que foi o ultimo ponto negociado. Com a transferencia via visto L1, eu sou elegivel a obter o famoso Green Card; porém a empresa tem de fazer a aplicação. Eu nao posso fazer a aplicação pessoalmente - a empresa tem de solicitar ao governo americano um visto de residencia permanente, pois eles tem interesse que eu continue trabalhando para eles além do periodo permitido pelo visto L1. Apesar de seguir essa justificativa, a empresa pode solicitar o Green Card para o funcionário com visto L1 a qualquer momento. A partir do primeiro dia, o funcionário ja esta elegivel para obter o Green Card.
Para a negociação desse topico houve a participação do juridico da empresa. Eu utilizei o argumento de que o prazo maximo para visto L1 seriam 7 anos (ja contado as renovações possiveis). E que eu estava indo com toda a minha familia com intenção de me estabelecer definitivamente nos USA; inclusive levando meu filho recem nascido para lá. Ele seria matriculado em uma escola americana e aprenderia ingles como um nativo e depois de 7 anos eu teria de trazer ele para um pais que ele vai viver apenas tres ou quatro meses antes de se mudar ? Argumentei que todas as amizades e cultura; além do idioma, leis e estrutura da sociedade que ele estaria acostumado seriam as americanas e eu nao poderia ficar com a situação a ser definida lá na frente. Teriamos de ter em contrato um prazo para a empresa aplicar para o Green Card, uma vez que contratos sao levados a serio nos USA e apesar de eu nao poder exigir o Green Card, eu posso exigir uma compensação financeira caso a empresa nao aplicar no periodo estipulado no contrato. Já de cara eu solicitei que colocassem no contrato a aplicação do Green Card após seis meses.
O representante do juridico disse que nao seria possivel com seis meses e fez uma contra-oferta de aplicar apos 3 anos. Eu argumentei que com 3 anos nao poderia ser, pois o meu filho ja falaria somente ingles (mentira, eu vou ensinar portugues para ele) e eu nao poderia deixar isso indefinido ate lá - teria de ter certeza que eu poderei ficar permanentemente nos USA muito antes desse prazo. Ai o advogado da empresa deixou escapar que isso era muito risco para empresa e eu perguntei porque. Ele abriu o jogo e disse que a preocupação é que com o Green Card na mao eu poderia ir trabalhar em qualquer empresa dos USA e eles teriam perdas financeiras com a minha transferencia.
Entendi que a preocupação deles era justa e perguntei quanto tempo seria o minimo para eu trabalhar e minimizar esse risco com eles. Ele mencionou que seria ao menos 2 anos. Então, eu sugeri que colocassemos no contrato uma clausula onde eu me comprometo a trabalhar na empresa por pelo menos 2 anos e que so poderei aceitar qualquer outra oferta após esse periodo. Eles gostaram bastante e em contrapartida, eu solicitei que colocassemos a clausula que a empresa se compromete a aplicar para o meu Green Card apos 1 ano nos USA. Dessa forma, mesmo com o Green Card eu terei de ficar na empresa ate completar pelo menos 2 anos de trabalho por lá. Achei mais do que justo e na verdade, a possibilidade de Green Card em um prazo bem mais curto do que ao final do visto L1 ja é muito interessante.