sábado, 30 de agosto de 2014

Carteira do Executivo Pobre - AGO/14

Olá Pessoal !!! Vamos as compras de Agosto e ao detalhamento da minha carteira de investimentos.


1 - Compras do Mês:


Realizei as compras deste mês de Agosto, logo após contabilizar o prejuízo com as duas festas de casamento (e presentes) que fui convidado no mês passado - mesmo assim, foi possível fazer um aporte bem próximo do planejado em Agosto. As Compras foram feitas no seguinte ativo:

KNRI11 - 30 cotas ao preço de R$ 118,73 (dividend yeld de 0,77% a.m.)

Já estava monitorando esse fundo há algum tempo e ele sempre me atraiu bastante pela governança do administrador e pela qualidade dos imóveis. Trata-se de um misto de lajes corporativas + centros logísticos. O fundo tem vacância histórica baixa e é muito bem administrado; logo um dividend yeld de 0.77% a.m. para um fundo com esse histórico, me parece um rendimento aceitável.


2 - Composição da Carteira:

Com as compras feitas até o momento, minha carteira ficou com a seguinte composição::


Minha participação em FII´s na carteira subiu para 17%. Ainda não estou na alocação pretendida de 30%, mas já houve uma boa evolução frente ao mês de Julho - onde a participação de FII´s era de 11,67% da carteira.

No próximo mês, pretendo continuar priorizando aportes em FII´s para equilibrar a carteira.


3 - Preço Médio:

Atualmente, a carteira possui os seguintes preços médio:

Preço Medio ABEV3 = R$ 16,25
Preço Medio CIEL3 = R$ 39,17
Preço Medio CMIG3 = R$ 16,29
Preço Medio BEMA3 = R$ 8,45

Preço Medio RNGO11 = R$ 82,20
Preço Medio BBPO11 = 107,73
Preço Medio AGCX11 = 999,28
Preço Medio KNRI11 = 118,73


4 - Estratégia:

Conforme divulgado anteriormente, minha carteira ideal de ações possui 10 ativos - e eu ainda estou buscando o equilíbrio e formação da carteira (atualmente possuo apenas 4 dos 10 ativos pretendidos). 


Pretendo ir comprando os outros ativos e formando a carteira, mas neste momento as ações não são minha prioridade devido ao ambiente de rali eleitoral e incerteza na Bolsa, com estatais puxando as cotações para cima conforme cada resultado das pesquisas eleitorais; portanto,  eu pretendo continuar aportando em FII´s até ter uma situação um pouco mais definida, ou seja, até próximo das eleições.


Neste mês comprei mais um FII - consolidando assim minha posição no setor de escritórios (RNGO11 e KNRI11) e também no setor de agencias (BBPO11 e AGCX11). Agora, estou monitorando o setor de logistica e educação - mas acredito que minha próxima compra será em FCFL11B - marcando abertura de posição no segmento Universidades (este é o Fundo Campus Faria Lima - cujo inquilino principal é o INSPER, com contratos de longa duração).

Agora, eu fiz algumas contas e fiquei em duvida em relação ao Tesouro Direto - eu verifiquei alguns titulos que estão pagando em torno de 5,8% + IPCA. Se considerarmos o IPCA como 6,5% a.a - teremos então um total de 12,3%. Posso então aplicar os descontos de 0,4% a.a (taxa de custodia) e 0,08% a.a (taxa da minha corretora) e terei então uma taxa de 11,82% a.a.

Aplicando o IR (15%) sobre este rendimento, terei uma taxa liquida de 10.04% a.a ou 0.83% a.m.

Se considerarmos que os valores dos alugueis pagos no FII também serão reajustados pelo IPCA ou outro indice de inflação - nós temos 6,5% a.a (IPCA) + 9,24% (dividend yeld medio da minha carteira), ou seja, uma taxa anualizada com inflação de 15,74% a.a ou 1.31% a.m.

Os valores dos rendimentos com FII continuam superior ao rendimento do TD; então entendo que abrir posição no TD seria apenas para posicionar na Renda Fixa e ter liquidez para aproveitar novas promoções em caso de queda na Bolsa e para tornar a carteira um pouco mais estável e defensiva.

Como ainda não atingi meu percentual programado para FII na carteira, então não abrirei ainda posição no TD - mas considero reavaliar o percentual de cada ativo e incluir TD nos investimentos em uma proporção de 70% Ações x 15% FII x 15% TD, ou ainda,  60% ações x 20% FII x 20% TD.

Qual a representatividade de FII e TD na carteira de vocês ?

Um grande abraço,

21 comentários:

  1. Está considerando apenas o DY dos FII.
    Deveria considerar o valor global.
    Até porque estão caindo.
    Enfim, TD é melhor considerando o valor global.

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    1. Ola anon - poderia explicar melhor o seu ponto ? Eu realmente nao entendi o que voce quis dizer com valor global. Eu estou considerando o retorno liquido dos FII´s e considerando o retorno liquido do TD.

      Como voce sugere que essa avaliação seja feita ?

      Um grande abraço,

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    2. Oi Executivo, ele quis dizer que o retorno real de um investimento em FII deve levar em consideração o recebimento de alugueres, mas também a valorização das cotas.

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    3. Ah - entendi. Mas não podemos considerar um eventual valorização da cota, porque não sabemos se isso será realidade. Trata-se apenas de uma expectativa que, caso se confirme, será um ganho adicional.

      Assim como uma repentina valorização no TD e venda antes do vencimento com lucro - pode acontecer, mas não é isso que foi contratado.

      Assim como só podemos contar com a taxa contratada no TD - também só podemos contar com os alugueis com contrato vigente nos FII´s. Eu sei que parece ser bem conservado, mas eu prefiro agir assim. Prefiro ganhos inesperados do que prejuizos inesperados.

      Valeu pela explicação e um grande abraço,

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  2. Ah, e sua conta sobre IPCA e reajuste dos aluguéis em FII está totalmente errada. Muito cuidado com isso. Vou usar uma matemática pobre pra exemplicar algo que seja mais próximo da realidade:

    DY 9,24%
    IPCA 6,5%

    9,24 + 6,50% = 9,84%

    Consegui ser claro? Abraços...

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    1. Ola Domenico - conseguiu ser claro sim. Muito obrigado pelo alerta.

      Eu também tenho de usar a mesma metodologia em relação ao TD, já que o valor principal é corrigido pelo IPCA e o pagamento de juros continua com a mesma taxa contratada - mas aplicada sobre uma base já reajustada de acordo com a inflação.

      Desta forma, a minha duvida em relação ao TD continua - porque como os FII´s não tem IR incidindo sobre os lucros - o yeld dos FII´s está mais atraente do que qualquer titulo do tesouro neste momento.

      Claro que são classes de ativos diferentes e por isso mesmo eu acredito que a compra de TD neste momento seria interessante apenas para formar uma carteira um pouco mais defensiva e para acumular recursos em um ativo com liquidez para aproveitar promoções, caso a Bolsa venha a apresentar quedas.

      Novamente, obrigado pelo alerta.

      Um grande abraço,

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  3. Executivo,

    Boa escolha de empresas, tenho 3 das 4 que você tem. Você diz que não tá na hora de entrar devido ao cenário turbulento, mas você tem pelo menos noção das empresas que quer incluir na carteira?

    Abraço!

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    1. Olá PR - tudo bem ?

      A minha carteira desejada é essa: http://executivopobre.blogspot.com.br/2014/07/minha-carteira-de-acoes.html

      Neste post eu detalhei os 10 ativos que pretendo ter na carteira e o porque de eles estarem na carteira.

      Por hora, vou continuar aportando em FII´s para equilibrar a minha alocação de ativos até atingir a proporção de 70% Ações x 30% FII.

      Assim que atingir essa proporção, pode ser que eu abra posição em mais ativos na Renda Variavel ou abra posição no TD buscando um pouco de RF com liquidez.

      Um grande abraço,

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    2. Ah sim, agora eu eu dei uma olhada melhor, nós temos 7 empresas em comum, excelente a carteira teórica, tá de parabéns!

      Consegui uma rentabilidade de 7% com ações em Agosto, mesmo com 21 empresas. Depois dá uma olhada lá e me diz o que você acha das empresas, vê se você discorda de alguma. Seria importante uma opinião de alguém há mais tempo no mercado.

      Abraço!

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  4. Vendi todos os meus TDs, não compraria neste momento. Coloquei o dinheiro em LCI/LCA para comprar Ações e FIIs daqui um tempo. Hoje estou assim: Ações: 53% / FIIs: 26% / LCI/LCA: 10% / Poupança: 4% / CC: 7%

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    1. Olá Uo - tudo bem ?

      Eu também concordo com você em relação ao TD - não pretendo abrir posição nestes ativos até conseguir atingir minha alocação de 70% Ações x 30% FII.

      Depois disso, posso pensar em fazer uma re-distribuição e alocar reservas no TD.

      Hoje, elas estão ainda na poupança mas isso porque eu imagino que posso ter despesas no curto prazo. Estou no meio de uma negociação imobiliária e tenho essa onda de casamentos que fui convidado - inclusive serei padrinho de um deles em Dezembro.

      Acho interessante a sua alocação - eu estou ainda um pouco mais agressivo em Ações. Com o passar dos anos, eu vou diminuindo a minha exposição em RV e vou aumentando na RF, conforme estratégia para aposentadoria.

      Valeu pela participação e um grande abraço,

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  5. EP, confesso que achei meio estranha esta conta TD x FII.

    Primeiro de tudo, TD NTNB não pode ser usado como RF com liquidez, pois pelo longo prazo ele pode variar muito com a mudança da SELIC e aí você pode levar anos para atingir os objetivos (ou até mesmo ter que esperar o vencimento). Ativo com Liquidez seria o LFT, que paga CDI e você vende na hora que quiser.

    Bom, falando dos FIIs x RF, não vejo como comparar, pois RF é fixa e você sabe quanto vai receber. Já FII pode ter rentabilidade maior ou menor, mas é variável. Vejo que você está fazendo a conta somente do Yield e aí pode ser que sua conta esteja certa, mas se considerar a conta da rentabilidade sobre o patrimônio, ou seja, quanto o patrimônio "cresce", não vejo tanta diferença assim, pelo menos no custo prazo entre FII e RF.

    Abraços

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    1. Olá EI - tudo bem ?

      Exatamente, mesmo considerando uma LFT o yeld dela é menor do que os FII´s que tenho na carteira (nao estou contando valorização ou queda do patrimonio) - estou considerando apenas o yeld que é o que tenho assegurado pelo contrato de aluguel.

      Por isso que vejo atualmente o TD como uma ferramenta para tornar a carteira mais estável, mais defensiva ... mas como rendimentos, a opção do FII ainda é mais interessante !!! Essa foi a conclusão que cheguei.

      Espero abrir posição no TD e migrar recursos que estão na poupança para um posicionamento em LFT e NTNB principal - mas farei isso somente após atingir 30% da carteira em FII.

      Um grande abraço,

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  6. Olá executivo pobre, minha carteira ideal terá 22% em tesouro direto, 10% em poupança, 15 % em fundo imobiliário e 53% em ações. Achei interessante os dados desse KNRI11, vou dar uma aprofundada nele, para quem sabe entrar na carteira no ano que vem, no momento tenho 8 fundos imobiliários.

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    1. Olá BF - eu gosto muito do KNRI11. Eu venho acompanhando ele desde o inicio e abri posição agora com um yeld de 0.77% a.m. considerando o preço de aquisição.

      Considero um retorno adequado para um fundo multimovel / multinquilino / alocado em lajes corporativas e centros logisticos / boa administração. Na minha opinião, vale a pena e por isso abri posição.

      Um grande abraço,

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  7. Gostei da sua maneira de montar estratégia. Esse mês realmente foi bom pra quem tem estatais, vide petr e bbas. belo lucro, bons rendimentos!

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    1. Olá DI - pois é, o mes foi muito bom !!! O pessoal da blogosfera está bem feliz; menos eu.

      Eu não tenho estatais (exceto CMIG) na minha carteira e as empresas que possuo ainda são poucas (apenas 04 ativos) e não fiquei exposto a essa valorização recente. Não tenho problema com isso, porque não considero essa alta sustentavel (não verifiquei melhoras nos fundamentos das empresas) sendo apenas especulação da troca da equipe economica.

      No momento, vou continuar aportando e formando minha carteira até ter os meus 10 ativos e também completar minha carteira de FII.

      Um grande abraço,

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  8. Excelente Blog...já está na lista de favoritos do meu, que iniciei a pouco tempo.

    abraço

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    1. Opa - muito obrigado. Vou dar uma passada lá no seu blog também.

      Um grande abraço,

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  9. Qual a sua opinião sobre um possível aumento das tx de juros americanas em 2015 respingar em aumento da tx de juros no Brasil e consequentemente os Fii sofrerem?
    Acha possível? e ou provável?

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    1. Olá BBB - acho sim possível aumento na taxa de juros do Brasil no próximo ano. Acredito que qualquer candidato (exceto PT) terá de fazer os ajustes fiscais e conter inflação e isso passará por um aumento de juros - segundo a politica tradicional do BACEN.

      Acho bem provável aumento da taxa de juros americanas quando iniciarem de fato a retirada de estímulos da economia - e isso será outro fator que vai impactar a entrada de dólares no Brasil e para atrair mais dólares para nossa economia, o governo tende a aumentar juros.

      Por isso, que eu avalio o yeld dos FII´s e não espero aumento de patrimonio. Mas se o valor da cota do FII cair - isso quer dizer que poderei adquirir mais cotas com o mesmo pagamento de aluguel (assegurado por contrato) e por isso mesmo, aumentarei o meu yeld e irei maximizar o meu retorno.

      Claro que para tudo isso, tenho de estar bem posicionado em FII´s (ativos selecionados e de qualidade) e tenho de ter reservas em RF para poder aproveitar essa eventual queda nas cotas.

      Acho interessante também ter algum posicionamento em moeda estrangeira - mas ainda estou avaliando como fazer isso.

      Um grande abraço,

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