sábado, 14 de fevereiro de 2015

Executivo Pobre no Tribunal do Juri - Parte I

Olá pessoal - tudo bem ?

Esta semana vou contar uma experiencia incrivel que eu tive participando do Tribunal do Juri. Como não sei exatamente o que a lei permite que eu fale ou não fale, vou tentar falar genericamente sobre os bastidores. Quanto ao caso em si, acredito que posso falar já que o julgamento é publico e ocorre de portas abertas. 

Eu recebi a convocação para participar do Tribunal do Juri e me dirigi ao forum onde aconteceria o julgamento. Cheguei lá e outros 19 convocados já aguardavam o sorteio para saber se participariamos efetivamente do juri ou não. Eu fui sorteado como o setimo jurado, ou seja, o ultimo jurado sorteado. O promotor e o defensor aceitaram meu nome e o oficial de justiça me levou para o meu lugar no banco dos jurados.

Depois que o juiz abriu os trabalhos do juri foi dado uns 20 minutos para lermos um resumo do processo e entendermos o caso.

CASO: o reu estava sendo acusado de ter roubado um carro as 11:00 horas da noite junto com mais dois amigos. Os tres teriam roubado o carro e utilizado o mesmo para realizar varios assaltos durante a madrugada. Ele eram acusados de terem roubado 02 carros, 01 moto, terem invadido duas residencias, uma empresa de transportes e, no final da madrugada, começaram a assaltar as pessoas que estavam no ponto de onibus para ir trabalhar. No total, eles eram acusados de 15 roubos.
O casal que teve o carro roubado as 11:00 hs da noite tinha feito um Boletim de Ocorrencia e lá pelas 04:00 da madrugada, essa informação foi colocada na rede da policia que começou a procurar o carro com as caracteristicas do carro roubado. A policia cruzou com o carro em uma avenida e fez o retorno para averiguar a placa. Quando viram que era o carro roubado, deram o sinal para encostar e o carro acelerou tentando fugir. A policia perseguiu e o carro entrou em uma rua sem saida, na entrada da favela - onde a policia prendeu o réu.

Esse foi o resumo apresentado para os jurados. Depois que lemos o resumo, o juiz mandou vir a primeira testemunha de acusação. No total, foram 07 testemunhas de acusação e 03 testemunhas da defesa.

As testemunhas de acusação confirmaram que o réu tinha assaltado, que estava armado e fizeram o reconhecimento do réu como autor dos crimes através de fotografia e depois, presencialmente, durante a audiencia de instrução que tinha ocorrido algum tempo antes. Basicamente, as 07 testemunhas falaram a mesma coisa: o acusado chegava no carro com mais duas pessoas. Uma ficava na direção do carro, outra descia para pegar o carro ou moto que eles estavam roubando e o réu descia do carro e apontava a arma para as vitimas enquanto o outro roubava os pertences.
Em dois casos, o reu foi acusado de disparar a arma: no roubo da moto, ele disparou a arma e acertou a coxa do dono da moto e no roubo a casa ele acertou a barriga do filho da dona (uma criança de 10 anos).

Depois disso, entraram as testemunhas de defesa: um amigo do reu que confirmou que ele trabalhava em um sacolão das 07:00 da manhã até as cinco da tarde e que depois trabalhava em uma pizzaria (como entregador) das 18:30 até as 01:30 hs da madrugada. Confirmou que o réu nunca tinha se envolvido com drogas ou roubo e que nunca tinha tido problema com a policia. A segunda testemunha de defesa falou exatamente a mesma coisa.

Quando era a vez da terceira testemunha de defesa; o oficial de justiça chamou o juiz e disse que uma das testemunhas de acusação havia chegado e estava atrasada pois estava em serviço atendendo uma ocorrencia. O juiz perguntou ao promotor e a defesa se podia alterar a ordem para poder ouvir a testemunha de acusação que estava faltando antes de ouvir a ultima testemunha de defesa e os dois concordaram.

Então, entrou o policial que tinha comandado a ocorrencia. O camarada entrou marchando e prestou continencia para o juiz. Eu olhei e vi o policial com a boina e a braçadeira escrito ROTA. Na hora eu pensei: coitado desse réu - tentou fugir da ROTA.

O policial prestou o depoimento dele e contou a mesma coisa ... que tinham avistado o carro, que o carro tentou escapar e entrou em uma viela e dispararam contra os policiais. Ai vem a novidade no caso: o policial disse que os bandidos atiraram e que os policiais revidaram a agressão. Vou tentar reproduzir o dialogo que seguiu:

DEFENSOR: O policial confirma que houve uma perseguição e que os acusados atiraram contra a viatura e contra os policiais ?

POLICIAL:

DEFENSOR: Algum policial foi atingido ?

POLICIAL: Não.

DEFENSOR: A viatura foi atingida ?

POLICIAL: Não.

DEFENSOR: Quando voces revidaram a suposta agressão, alguem foi atingido ?

POLICIAL: Sim. Os tres bandidos foram atingidos.

DEFENSOR: Um dos acusados está aqui hoje sendo julgado. O que aconteceu com os outros dois ?

POLICIAL: Foram atingidos. A policia prestou socorro mas eles vieram a falecer.

DEFENSOR: O policial lembra quantos tiros foram disparados ?

POLICIAL: Não.

DEFENSOR: O policial lembra quantos tiros os seus colegas policiais dispararam ?

POLICIAL: Não.

DEFENSOR: Excelencia - posso pedir para o reu assisitr a este depoimento ?

O juiz aceitou e o reu entrou na sala do juri. O moleque (tinha 21 anos) entrou na maca. Na hora eu pensei que tinha sido algum acidente; mas depois eu percebi que o moleque tinha uma perna amputada.

DEFENSOR: O policial reconhece essa pessoa como a autora dos disparos contra a policia ?

POLICIAL: Sim.

DEFENSOR: Não é estranho que essa pessoa que estava supostamente agredindo a policia tenha sido alvejada com tres tiros e todos eles nas costas, sendo que isso fez que que o réu ficasse paraplégico ? E após uma infecção contraída no hospital, ainda tivesse de amuptar a perna ?

POLICIAL: Não vejo nada de estranho. Quando a pessoa é alvejada nas costas, existe a chance de atingir a coluna e dependendo da lesão, pode levar a pessoa a ficar paraplégica.

DEFENSOR: Se o reu estava atirando contra a policia, como ele pode ter levado tiros nas costas ?

POLICIAL: Senhor defensor, com todo o respeito eu entendo que o senhor está fazendo o seu trabalho e tentando defender o acusado. Eu também estava fazendo o meu trabalho no dia que persegui o acusado. E vou tentar esclarecer para o senhor, pois as vezes a coisa pode ficar um pouco confusa. Neste pais, de acordo com a lei, apenas pode usar arma de fogo os policiais e algumas autoridades em serviço. O policial usa farda e é facilmente identificado. Ou seja, se está armado e tem farda - é policial. Se está armado e não tem farda nem autorização para usar a arma - então é bandido.
O senhor trabalha aqui no forum, mas eu trabalho nas ruas e vou dividir um pouco da minha experiencia quando existe troca de tiros. Nunca, em mais de 25 anos de policia, eu vi algum policial no meio de um tiroteio, falar para o bandido: Voce pode por favor se virar de frente para que eu possa atingir voce ? É que senão pode gerar duvidas na hora do seu julgamento.
Não é assim que funciona - se o bandido atira, voce atira de volta - estando ele de costas, de frente ou de lado. O seu trabalho é defender o bandido e eu entendo isso. O meu trabalho é neutralizar o bandido e espero que voce entenda isso também. Neste caso especifico, os tres bandidos foram neutralizados. Infelizmente, dois vieram a obito e o terceiro está neutralizado bem atras do senhor.

DEFENSOR: Mas o senhor não teria outra forma de neutralizar os bandidos além de executar os alvos ?

POLICIAL: Eles não eram alvos - ao menos, não eram alvos até começarem a praticar crimes e atirar contra a policia. Nos tentamos neutralizar o bandido sem usar a força, mas infelizmente nem todos se entregam de boa vontade.

DEFENSOR: E também não é função do policial preservar a vida ?

POLICIAL: Sim, com certeza. E foi o que fizemos. Se o senhor olhar bem, vai ver que o reu está atras de voce e está vivo. Se o defensor está insinuando que a policia exagerou na ação, eu lembro que dá exatamente o mesmo trabalho acertar um tiro nas costas ou acertar na cabeça. Principalmente depois do primeiro tiro nas costas, onde o reu está caido no chão. Se eu quisesse ter executado o reu, eu tive oportunidade de fazer isso. Mas não fiz. Pelo contrário, chamei a ambulancia e pedi socorro para uma pessoa que não merece. Porque se fosse o contrário, ele não teria chamado a ambulancia para me socorrer; assim como não fez com o menino que ele deu um tiro na barriga. Agora eu me pergunto se vale mais um tiro na barriga de um inocente ou tres tiros nas costas de um bandido. 

Nesta hora, o plenario quase veio abaixo. Teve um monte de gente qua aplaudiu e teve um monte de gente que vaiou. O juiz demorou um tempo para restabelecer o silencio no local. O defensor ficou reclamando que o policial tinha ofendido ele e foi a maior confusão. Teve até que entrar outros PM´s para acalmar o pessoal que estava na plateia assistindo o julgamento.

Depois, vieram os debates do promotor e da defesa - onde o promotor foi muito bem.

Para não ficar uma postagem muito longa, eu vou colocar na próxima semana o que eu lembro do debate entre o promotor e a defesa e também o resultado da votação e a sentença do juiz.

Mas adorei o depoimento do policial. Ele foi ironico e agressivo na medida certa - o suficiente para mostrar ao defensor e principalmente ao juri que a função da policia é deter o bandido e que a sociedade não se importa muito com os meios utilizados ... o que interessa é prender o ladrão !!!

Eu nao sei se concordo 100% com a forma como a operação foi feita; mas é inegavel que estar com uma farda em uma favela, perseguindo bandido armado não é uma tarefa das mais simples.

Um grande abraço,

26 comentários:

  1. Tinha que existir no mínimo um homicídio neste seu caso, já que, no Brasil, a competência do Tribunal do Júri se restringe aos julgamentos de crime dolosos contra a vida. Assim, roubo e latrocínio (roubo seguido de morte), crimes contra o patrimônio, não vão a julgamento no Tribunal do Júri.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Cara... Aprende a ler, morreram 2 bandidos. Houve homicídio.

      Excluir
    2. Latrocínio é roubo SEGUIDO DE MORTE.

      Excluir
    3. O que eu disse não fez sentido, agora que vi. O que queria dizer era que pode ter ocorrido homicídio sem roubo. Não há tantos detalhes técnicos na história, não é exatamente sobre isso que o júri se debruça, mas a ideia não é se ater a essas minúcias e perceber a mensagem.

      Excluir
    4. E a tentativa de homicídio contra as vítimas, serve para o quê?

      Excluir
    5. Olá pessoal - desculpem a demora para responder aqui os comentários. Eu estava sem conexão com a internet pois estive fora alguns dias. Mas respondendo o comentário do anon 08:55 - o promotor pode abrir uma ação penal publica para qualquer crime que ele acredite ser grave e que a sua gravidade transcenda a pessoa vitima do crime e passa a ser um crime contra a sociedade - obviamente é o caso de homicidio, mas também é o caso de tentativa de homicidio, estupro, sequestro, etc ...

      Atualmente, existem diversos crimes que vão ao Tribunal do Juri dependendo da sua gravidade - não precisa ter morte. No tribunal ao lado, estava havendo o julgamento de dois camaradas que sequestraram a vitima, a policia descobriu o cativeiro e libertou a vitima e prendeu os bandidos. Não teve morte, mas estavam todos lá sendo julgados.

      Mas voltando ao caso especifico, além das duas tentativas de homicidio contra as vitimas - ainda havia outras duas tentativas de homicidio contra os policiais - uma vez que eles atiraram contra os policiais.

      Não quis colocar um monte de detalhes para o texto nao ficar enorme e para focar no dialogo do policial, que foi o que mais me chamou a atenção.

      Mas qualquer detalhe que quiserem saber é só colocar aqui nos comentários que eu respondo. Na próxima postagem vou relatar o que eu lembro do debate entre o promotor e o defensor - que eu achei um debate bem interessante também.

      Um grande abraço,

      Excluir
  2. Se o réu nao cometeu crime doloso contra a vida de ninguém, porque ele estava sendo acusado no tribunal do juri? Não entendi Tb, está faltando alguma informação...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá anon 10:26 - houve duas tentativas de homicidio contra as vitimas (o dono da moto que levou um tiro na coxa e o menino que levou um tiro na barriga). Mas além disso, o promotor ofereceu denuncia também para mais duas tentativas de homicidio contra os policiais, pois os bandidos dispararam contra a policia - pelo menos de acordo com a versão do promotor... rsrsrs

      Um grande abraço,

      Excluir
  3. Prestem atenção no relato: houve duas tentativas de homicídio (criança e dono da moto), então a competência é mesmo do tribunal de juri, inclusive dos crimes conexos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Exatamente anon 16:43 - e além disso, tem mais uma acusação que não mencionei no texto porque queria focar no dialogo do policial e do defensor que eu achei espetacular - mas houve também a acusação de outras duas tentativas de homicidio. Os bandidos foram acusados de tentar matar dois policiais, uma vez que dispararam contra a policia durante a perseguição e no momento que o carro parou.

      Um grande abraço,

      Excluir
  4. Tragam o Oscar para este policial.
    E para o bandido... uma infecção, mas ao contrário da primeira... generalizada.

    Uta!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Estagiário.

      Eu achei a postura e as respostas do policial espetaculares. Com certeza, um policial experiente e que conhece os atalhos e meandros do judiciário. Na proxima semana, vou postar o debate entre o promotor e o defensor que eu também achei muito legal.

      Um grande abraço,

      Excluir
    2. Traga mais um oscar por minha conta.

      Pelo andar da carruagem eu temi por um momento que as coisas se invertessem e o policial acabasse pronunciado pela tentativa de homicidio do mala e dos homicidios duplamente qualificados dos outros comparsas (sem possibilidade de defesa da "vitima" e "motivo futil").

      Ufa!

      So não gostei da conversa de quem "não tem farda e tá armado é bandido". Bandido é o cu da mãe dele!

      Abraço.

      Excluir
    3. Anonimo de 25 de fevreiro 14:17, portar arma de fogo sem possuir autorização legal é crime. logo,...

      Excluir
  5. Eu já tive uma tentativa de assalto feia, o bandido até atirou para tentar me derrubar da moto, mas depois de muito pensar sobre o assunto matar ou prender esses bandidos é apenas uma ação reativa, você mata um o crime forma mais três, enquanto nossos governantes não se preocuparem com a educação para formar as próximas gerações não vamos ver as crime diminuir apenas com a ação ostensiva da polícia.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Educação são os pais que dão. Escola só serve (pelo menos deveria ser assim) para ensinar matemática, português, história...

      Excluir
    2. Ok, se a escola ensinar matemática, português, história... de maneira descente garanto que vamos ter uma quantidade maior de pessoas capacitadas para pleitearem empregos que deem o minimo de dignidade e conforto. Assim elas passam a ter uma segunda opção, e o policiamento ostensivo vai ajudar elas a não escolher o lado da criminalidade.

      Excluir
    3. Pois é Surfista e Deslock - isso é um ponto interessante. Com certeza, a educação ajuda em qualquer lugar do mundo e os paises com menor indice de criminalidade também sao paises com alto indice educacional. Mas o que será que faz uma pessoa em uma situação de pobreza praticar crimes e outra na mesma situaçaõ nao praticar crimes ? E mais ainda, o que faz um rico e educado praticar crimes e outro rico e educado não praticar crimes ?

      A formula para resolver esse problema é bem complexa !!!

      Um grande abraço,

      Excluir
    4. esquece porra isso faz parte do esquerdismo! é pra ter muito bandido pra tacar o terror, assim justificam a nossa dominação. da minha parte, continuo no porte ilegal e to nem ai. se for pego, pago fiança e no dia seguinte compro outra. melhor ser julgado por 7 que carregado por 6.

      Excluir
    5. Anônimo25 de fevereiro de 2015 14:19, porte de arma, sem possuir autorização legal, é crime inafiançavel. é só pesquisar no Código Penal.

      Excluir
  6. Mesma coisa daquele negro americano, falaram que ele não estava atirando porque os tiros da polícia pegaram nas costas, como se a polícia só pudesse atirar de volta no mesmo décimo de segundo

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois é anon - a vida de um policial não é facil. Se atira é criticado porque atirou, se não atira é criticado porque não atirou ... mas longe de defender bandido, nós também sabemos que a policia comete exageros e na hora do confronto não espera para verificar quem é inocente e quem é bandido ... acaba sobrando para todos !!!

      Existem diversos estudos serios mostrando a atuação violenta da policia no Brasil. Mas eu também me pergunto, principalmente depois de ter viajado para Europa e EUA, se a policia aqui não é violenta porque os bandidos sao muito mais violentos que em outras partes do mundo.

      Se alguém atacar um policial na Alemanha ou EUA, a coisa se transforma em assunto nacional e enquanto os bandidos não forem presos e julgados, o pais entra em uma caçada contra os criminosos. Aqui no Brasil, morre um policial e ninguém liga, a cobertura na TV é de uns 20 segundos enquanto a cobertura do carnaval dura 3 dias completos.

      Um grande abraço,

      Excluir
  7. Por que vc se chama de executivo pobre? Executivo e pobre são duas palavras que não combinam direito na mesma frase.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. kkk O que eu mais vejo é executivo pobre refém do emprego, nego ganha bem, mas acaba se endividando ainda mais, e se a fonte de renda falhar por um mês o cara cai em desgraça com tanta coisa para pagar, eu já emprestei dinheiro para diretor enrolado com prestação de apartamento milionário, prestação de Land Rover... Não que seja o caso do autor do blog, mas que existem executivos pobres existem kkk

      Excluir
    2. Olá anon - olha não sei bem te responder porque me chamo Executivo Pobre ... na epoca da criação do blog, eu pensei em colocar algo relacionado a minha profissão e dar bastante detalhes do dia a dia nas empresas, mas depois eu vi que seria muita exposição e que talvez eu fosse identificado - ai decidi colocar genericamente Executivo Pobre - pois bem como disse o Surfista, o que mais tem por ai é Executivo Pobre ... rsrsrs

      Tem muito executivo que vive gastando bem mais do que ganha e vive com dividas. Desde carros luxuosos, até roupas de grife, relogios e gravatas caros, canetas, etc ... A imaginação para gastar não em limites.

      No meu caso, voces sabem o meu patrimonio em Poupança, FII e Ações porque colocamos mensalmente no blog e no ranking do Pobretão. Além disso, eu tenho um apto de 03 quartos e valor de R$420.000,00 já quitado (que também coloquei aqui no blog como foi a negociação para vender o apto antigo e pegar esse apto sem precisar colocar nenhum real a mais na negociação) e tenho um carro popular no valor de R$34.000,00

      Considerando a media nacional, eu tenho um salário acima da media que me coloca no campo dos "ricos" de acordo com a classificação do governo. E é por isso mesmo, que eu invisto atraves do mercado financeiro para sair dessa maluquice que é o mundo corporativo. Se nao tomar cuidado, voce também acaba entrando nesse consumo de roupas, relogios, oculos, carros, etc... e o que eu quero mesmo consumir são experiencias, principalmente atraves de viagens ... adoro conhecer outros paises e outras culturas, outras formas de ver e viver a vida.

      Um grande abraço,

      Excluir